Críticas | Karatê Kid: Lendas
“Karatê Kid: Lendas” estreia em 8 de maio nos cinemas brasileiros.

A retomada de franquias se tornou comum em Hollywood, na busca pela captura da nostalgia e de enfeitiçar novo público com a sensação imprimida, principalmente, com produções das décadas de 1980 e 1990.
Obviamente, algumas franquias vêm explorando há algum tempo esse sentimento, após o sucesso no século passado. Karatê Kid talvez seja o principal título, pois, além do filme de 2010, a série Cobra Kai (2018-2025) se tornou símbolo de algo que conquistou gerações diferentes, ao trazer uma sequência de maneira improvável para os filmes.
Karatê Kid: Lendas começa com uma cena de Karatê Kid II (1986), mostrando a ligação da família Miyagi e Han, para exemplificar o que veremos durante os 94 minutos. Diferente do filme de 2010, quando um jovem de Nova Jersey se mudou para Pequim, o novo longa-metragem mostra o adolescente Li Fong (Ben Wang) precisando sair da capital chinesa após a mãe (Ming-Na Wen) arranjar um emprego em Nova Iorque.
Uma situação passada faz a mãe de Li proibi-lo de praticar kung fu na academia do tio Han (Jackie Chan). Porém, ao encontrar valentões em sua nova cidade, na tentativa de ajudar um vizinho (Joshua Jackson), Li aceita entrar em um torneio de Nova Iorque. Ao lado de Daniel LaRusso (Ralph Macchio), Han irá ajudar o sobrinho a reaprender artes marciais e combiná-las para ganhar o torneio.
Dirigido por Jonathan Entwistle, o filme possui problemas de montagem em sua primeira metade. É quase impossível se conectar com personagens de apoio e mergulhar em seus problemas. A direção ainda não saber muito bem onde se encaixar nas lutas, o que tira um pouco da experiência. Na metade final, o filme flui um pouco melhor, com destaque para o público pelo menos se apegar as personagens.
Entretanto, o filme se apega ao saudosismo, a nostalgia, mesmo que o público não tenha assistido ao quarto filme (de 1994) ou ao seriado encerrado em fevereiro deste ano. Trazendo o embate de metologias do shifu e do sensei, o longa-metragem abraça o caos dos dois senhores e a ligação de ambos com Miyagi para quase celebrar os mais de 40 anos de franquia.
Assim, Karatê Kid: Lendas não deseja revolucionar o gênero e muito menos mudar fórmula, mas se agarrar a nostalgia que o filme de 2010 e Cobra Kai trouxeram em anos recentes. Um tanto confuso em sua direção, o longa-metragem demora a engrenar e realmente fazer algo para o sentimentalismo da audiência – que ainda é capaz de conectar e abraçar o que pode ssurgir em breve na franquia.
Karatê Kid: Lendas estreia em 8 de maio nos cinemas brasileiros.