Críticas | Guerra Civil

“Guerra Civil” estreia em 18 de abril nos cinemas brasileiros.

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Kirsten Dunst é uma das protagonistas do filme. (Foto: Reprodução)

Alex Garland é daqueles diretores conhecido por temáticas ou estéticas dentro de seus trabalhos, seja eles na escrita ou na direção. Extermínio (2002), Ex_Machina: Instinto Artificial (2014) e Aniquilação (2018) são apenas alguns desses projetos que se tornam memoráveis aos fãs do cineasta britânico e que ganharam repercussão dentro da indústria.

O seu novo longa-metragem deseja cementar mais sobre essa trajetória.

Guerra Civil é ambientada em um possível futuro dos Estados Unidos, onde a polarização política trouxe a criação de movimentos secessionistas e o país está em sua Segunda Guerra Civil. Logo somos apresentados aos quatro protagonistas do filme: a fotojornalista Lee (Kirsten Dunst) e o jornalista Joel (Wagner Moura) desejam conseguir uma exclusiva com o Presidente (Nick Offerman) na capital; o veterano Sammy (Stephen McKinley Henderson), que também é mentor de Lee e Joel; e a novata Jessie (Cailee Spaney), que deseja ser uma fotojornalista de guerra tão influente quanto Lee.

Escrito e dirigido por Garland, o longa-metragem tenta ser uma homenagem aos jornalistas em tempos de questionamentos sobre a profissão e a abundância de notícias falsas. Ao colocar os protagonistas em perigo constante para atravessarem parcialmente os Estados Unidos, o filme não mede esforços para mostrar a violência que eles presenciam e vivenciam.

O longa-metragem nos mostra dois espectros daqueles que seguem exércitos: a desilusão com a sociedade e a sensação eletrizante de estar nessas posições. É impressionante os olhos mortos de Dunst durante os 109 minutos, enquanto vemos Spaney equilibrar a inocência, medo e encantamento conformo o enredo acontece. O pareamento entre as duas personagens é um dos motivos pelos quais vale a pena assistir ao filme e que sustenta a trama de maneira regular.

Assim, Guerra Civil pode ser ambientado em um possível futuro dos EUA – mas qualquer semelhança com a realidade não é coincidência. Perturbador em diferentes momentos, a violência é parte tão fundamental da narrativa quanto a jornada destes quatro jornalistas, com momentos viscerais criados para serem provocativos e, muitas vezes, amargos ao percebemos para onde o enredo se encaminha.

Guerra Civil estreia em 18 de abril nos cinemas brasileiros.

Nota:

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