Críticas | Creed III
“Creed III” estreia em 2 de março nos cinemas brasileiros.
Franquias que renascem após anos adormecidas, estão sempre precisando provar suas novas jornadas, suas existências, principalmente quando saem da sombra de um núcleo em especial. A necessidade não é somente para se estabelecer para aqueles que consumiram as produções no momento de lançamento, mas, também, da nova geração de cinéfilos.
Em Creed III, parte da franquia de Rocky, vemos Adônis Creed (Michael B. Jordan) saindo da aposentaria para enfrentar alguém de seu passado – e também sombras que o ronda desde a adolescência. Sem a presença de Sylvester Stallone, a franquia estabelece novos pilares e centra seu enredo em algo familiar, apresentando aspectos mais densos de Creed.
A história não é tão inovadora, mas sabe se aproveitar de um elenco carismático, imponente. Tessa Thompson retorna como Bianca, trazendo o lado mais sentimental de Creed à tona. Jonathan Majors interpreta Damian “Dame” Anderson, o oponente mais determinado do ex-lutador profissional. O antagonismo entre Damian e Creed é impressionante, com ambos os atores entregando performances poderosas pelo passado explorado.
Jordan faz sua estreia na direção com o filme. Um trabalho interessante, que mostra o potencial na cadeira, e com menção honrosa ao foco durante as lutas nos ringues. As lutas, aliás, sejam elas em cenas de treinamento ou nos desafios, são primorosas, com coreografias bem direcionadas, emocionantes, e vão além do boxe. Além disso, é uma grata surpresa como a dinâmica do longa-metragem é realizada, mesmo com quase 120 minutos de duração.
No fim, Creed III consegue continuar a franquia, com Jordan e Majors concentrando as interações de maneira gradativa. Com isso, é possível pensar em outros direcionamentos para a franquia do mundo do boxe, com histórias que hoje ressoam mais fortemente com minorias e suas lutas diárias – mesmo que não sejam o grande foco dos longas-metragens.
Creed III estreia em 2 de março nos cinemas brasileiros.
