Críticas | Não Fale o Mal

“Não Fale o Mal” estreia nesta quinta-feira, 12 de setembro, nos cinemas brasileiros.

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James McAvoy é o protagonista do filme. (Foto: Reprodução)

Sabemos que estadunidense adora um remake, principalmente quando descobrem formatos, histórias estrangeiras. A aversão a legendas ou o fato de gostarem o suficiente para tentarem realizar produções locais, podem explicar esses fenômenos. Também sabemos que nem sempre tal feito é algo que encham os olhos do público, e, se tratando de terror, existem outras camadas que é necessário colocar ao apresentar os projetos.

Remake de filme dinamarquês lançado em 2022, Não Fale o Mal (Speak No Evil, no título original) é centrado em um casal que conhece outro casal em uma viagem à Itália. Após retornarem para Londres, são convidados a passarem um fim de semana na casa no campo – e logo se torna um pesadelo quando segredos perturbadores são revelados.

Escrito e dirigido por James Watkins, o longa-metragem busca a tensão psicológica como foco, além dos embates de comportamentos entre os dois casais com seus filhos. Menos arriscado em alguns aspectos do original, o filme se consolida por como apresenta, aos poucos e através das crianças, grande parte do enredo.

Existem, sim, problemas com a narrativa explorada, detalhes que talvez fossem interessantes de estarem em tela para conseguir trazer algo mais amplo para o público, porém, são perspectivas de como não estragar tudo que está sendo montado.

James McAvoy está aterrorizante como Patrick. É fácil entrar nessa conversa que ele propõe, enquanto manipula facilmente quem está ao redor. Mackenzie Davis e Scoot McNairy conseguem construir uma boa dinâmica como Louise e Ben, além de cresceram junto com a tensão proposta por Watkins.

A dinâmica entre os dois casais é o grande destaque do filme. Conforme os 110 minutos acontecem, percebemos que, talvez, a única pessoa sensata durante o fim de semana seja Louise e sua percepção envolvendo o marido, que está em uma situação complicada em relação ao trabalho e busca em Patrick um alento a seu momento frágil.

Em alguns momentos, chega a hipnotizar o quanto o casal do interior conquista com lábia no início e, conforme os dias passam, percebemos o quão horríveis se tornam. Perceber cada aspecto das próprias dinâmicas familiares, e como alguns momentos mostram a fachada ruir, é uma forma de mergulhar mais profundamente nessa história.

No fim, mesmo com medo de arriscar totalmente, e ser um remake completo do filme dinamarquês, Não Fale o Mal quer se destacar por querer ser algo que apele diretamente à audiência estadunidense, com o psicológico sendo o principal foco na história. Os 110 minutos conseguem narrar bem o que está acontecendo em tela, com talvez algumas situações que estão ausentes para o público, mas que não estraga a experiência, e talvez contempla o grande

Não Fale o Mal estreia nesta quinta-feira, 12 de setembro, nos cinemas brasileiros.

Nota:

  • Ana Guedes

    Adoradora de spoilers e informações desnecessárias.

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