Críticas | Nas Terras Perdidas
Baseado em conto de George R.R. Martin, “Nas Terras Perdidas” estreia em 17 de abril nos cinemas brasileiros.
Contos, ou histórias curtas, se firmam cada vez mais como fontes para o audiovisual. “Bonequinha de Luxo” (1961), “O Segredo de Brokeback Mountain” (2005), e as dezenas de versões de “Uma História de Natal” são apenas alguns projetos inspirados em contos que são memoráveis.
Um dos autores com muitas histórias curtas, está George R.R. Martin. Antes de escrever o universo de As Crônicas de Gelo e Fogo, o autor trabalhou em diversas histórias curtas que, ao longo dos anos, ganharam adaptações. Agora, é o momento de uma história ainda desconhecida pelo grande público ganhar espaço nos cinemas.
Nas Terras Perdidas é centrada na bruxa Gray Alys (Milla Jovovich), enviada pela Rainha (Amara Okereke) às enigmáticas Terras Perdidas para realizar o desejo da soberana em se transformar em um troca-pele. Ao lado do caçador de recompensas Boyce (Dave Bautista), Alys enfrenta uma jornada por uma terra sombria e cheia de perigos.
Dirigido por Paul W.S. Anderson, o filme é um desastre ambulante durante seus 102 minutos. Além dos visuais tenebrosos, extremamente artificiais e filtros questionáveis para mostrar o mundo destruído, o longa-metragem tem um roteiro que, ao mesmo tempo que não desenvolve suas personagens, corre com sua narrativa.
É quase impossível sentir alguma afeição aos protagonistas. Apesar do carisma de Jovovich e Bautista, tudo parece desencaixado nessa história que não sabe ser crítico, romântico ou aventureiro – e muito menos fantasioso.
Assim, Nas Terras Perdidas é uma produção insípida, inspirada em um conto de George R.R. Martin lançado dentro de uma coletânea em 1982. Anderson traz visuais vexatórios para uma narrativa que quer se firmar com viradas e close-up nas pupilas de Jovovich, sem nunca realmente acontecer ou fazer o público se interessar por seus protagonistas. Uma sequência de erros sem explicações, apenas um desastre após o outro.
Nas Terras Perdidas estreia em 17 de abril nos cinemas brasileiros.
