Críticas | Branca de Neve

“Branca de Neve” estreia em 20 de março nos cinemas brasileiros.

Críticas Branca de Neve
Rachel Zegler interpreta a princesa no filme. (Foto: Rperodução)

Os live-actions da Disney estão longe de ganharem uma pausa. O estúdio busca reinventar seus filmes clássicos, sem deixar as histórias de lado. Entre tantos recentes, faltava aquele que começou a trajetória da Disney dentro dos longas-metragens.

Inspirado no filme de 1937, que, por sua vez, era baseado no conto dos Irmãos Grimm de 1812, Branca de Neve centrado na princesa de um reino, aprisionada no próprio castelo pela sua madrasta, a Rainha Má (Gal Gadot). Invejada por sua beleza, a Rainha manda o Caçador (Ansu Kabia) matá-la para continuar a ser considerada a mais bela do reino. Entretanto, compadecido pela gentileza de Branca de Neve (Rachel Zegler), a deixa escapar, o que a leva até a charmosa casa de sete seres místicos no meio da floresta.

Entretanto, a Rainha logo descobre que Branca de Neve continua viva e traça um novo plano para eliminá-la. Porém, junto com os seres místicos e outras pessoas que encontra pelo caminho, a princesa finalmente aceita a missão de liberar o reino da tirania da madrasta.

É inegável o poder vocal de Zegler. Em todas suas canções, mostra uma qualidade que sempre surpreende em tela. A atriz também possui um carisma em cena, que logo nos primeiros minutos do filme, conquistam o público e mostra que sua ascensão é justificável. Ao lado dos seres místicos ou Jonathan (Andrew Burnap, conhecido dos palcos da Broadway, vencedor do prêmio Tony em 2020 e que estará em breve ao lado de Jake Gyllenhaal e Denzel Washington na nova versão de Otelo), Zegler mostra uma força de carregar o protagonismo que ascende assim como sua carreira.

O elo mais frágil do longa-metragem é Gadot, com uma Rainha Má caricata que dificilmente possui presença em cena. Suas canções são simplistas, onde é possível perceber um esforço de trazer algo grandioso para a vilã, mas nada extraordinário ou possivelmente memorável.

As canções inéditas encaixam muito bem na narrativa proposta. Compostas por Benji Pasek e Justin Paul (Dear Evan Hansen; La La Land; O Rei do Show), as músicas conseguem caminhar com a história e exaltar personagens. A direção de Marc Webb (conhecido por clipes musicais, seriados e, também, filmes como O Espetacular Homem-Aranha) é competente, e mostra que sabe controlá-la durante os números coreografados por Mandy Moore.

Assim, Branca de Neve surpreende apesar de tantas problemáticas levantadas ao longo de sua produção, cativando ao longo dos 109 minutos. A reimaginação do conto de fadas funciona para os tempos atuais, sem tirar o encantamento do filme original, com algumas mudanças necessárias para alongar a narrativa e até para engrandecer seus personagens e dar voz além da protagonista.

Branca de Neve estreia em 20 de março nos cinemas brasileiros.

Nota: