Críticas | Vai Ter Troco

Novo filme nacional, “Vai Ter Troco” estreia em 17 de agosto nos cinemas.

Crítica Vai Ter Troco
“Vai Ter Troco” é dirigido por Maurício Eça. (Foto: Reprodução)

Comédia brasileiras possuem um desafio gigantesco. Geralmente as produtoras acabam apostando em pastelões, com muitas situações físicas e estrelas que sejam reconhecidas facilmente para levar o público as salas de cinema. E isso não é um demérito do gênero – apenas algo já esperado e utilizado, às vezes, à exaustão para conseguir superar os lançamentos de Hollywood.

Vai ter Troco, novo filme produzido pela Amaia Produções e distribuído pela Star Distribution (pertencente à Disney), é centrada em três funcionários de uma família rica que estão há alguns meses sem receber o salário. Enquanto os patrões alegam estarem falidos, Tonha (Evelyn Castro), Zildete (Nany People) e Nivaldo (Edmilson Filho) buscam alternativas para ganharem o dinheiro devido e acabam criando situações tensas envolvendo a família.

Um dos destaques do roteiro de Juliana Araripe e Otávio Martins, é saber explorar os tempos cômicos de Castro e Filho, com People explorando seu lado atriz (e quase desconhecido pelo público). A química entre eles é o que faz Vai ter Troco suportável em diversos momentos que o roteiro parece desandar. Miá Mello e Marcos Veras também estão bem em seus papéis dos patrões enojáveis, enquanto Giovanna Grigio e Nicholas Torres ganham minutos importantes para mostrarem os lados cômicos.

O discurso base do rico brasileiro é utilizado para construir as personagens desse núcleo em particular, exemplificando o que reconhecemos facilmente nas ruas. A direção de Maurício Eça (um dos novos queridinhos na indústria brasileira), e uma edição agradável dentro do que é proposto e não tem medo de brincar dentro do que é possível.

E o filme sabe que não terá uma grande comoção (novamente em uma jogada estranha da Disney envolvendo lançamentos de longas-metragens nacionais, e até o caso de Mansão Mal-Assombrada, exprimido dentro de filmes esperados que devem ganhar audiência mais facilmente). Porém, algumas risadas acontecem e o elenco é carismático o suficiente para carregar o longa-metragem durante sua duração.

No fim, Vai ter Troco é uma produção fácil de assistir, que não precisa de reviravoltas mirabolantes para ser diferenciada do que já estamos acostumados. Seu elenco é forte dentro do gênero e isso ajuda a trazer espectadores – e, realmente, não precisa de muito para ser, no mínimo, divertido para o grande público se distrair de qualquer situação indesejável.

Vai Ter Troco estreia em 17 de agosto nos cinemas brasileiros.

Nota:

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