Críticas | As Múmias e o Anel Perdido
“As Múmias e o Anel Perdido” estreia, oficialmente, em 23 de fevereiro nos cinemas brasileiros.
Existem mundos e narrativas fascinantes a serem explorados dentro da animação. De forma muitas vezes lúdica, o estilo permite tratar diferentes assuntos e instigar a curiosidade da criança para outros universos e histórias. Entretanto, é certo que nem sempre funciona e As Múmias e o Anel Perdido, novo longa-metragem animado da Warner Bros. Discovery, é uma dessas vezes.
São poucos são os momentos que surpreendem na história contada. Por uma série de infortúnios, três múmias – e um crocodilo de estimação – acabam na Londres moderna em busca de um objeto valioso – o que poderá colocar suas existências conhecidas e em perigo. Momentos musicais errados, um enemies-to-lovers construído de forma precária e traumas que irritam, fazem parte de uma narrativa pouco criativa e excitante para os diferentes públicos que acompanharão o enredo.
Outro exemplo é busca pela “britanização” de seu produto, mesmo sendo algo espanhol, e com elementos suficientes para carregar o enredo sem o uso dos artifícios do Reino Unido ou Estados Unidos. A busca pela internacionalização mais abrangente, faz o filme animado perder sua própria essência para o público.
Mesmo um ou dois momentos que vão agradar sua audiência (principalmente envolvendo música das décadas de 1980 e 2000), As Múmias e o Anel Perdido perde oportunidades de abraçar sua mitologia e outros detalhes da cultura egípcia, sem se desvencilhar do que é apresentado em tela.
Porém, nem tudo se perde nos 98 minutos do longa-metragem. O estilo de animação utilizado é belíssimo, consagrando o estilo de J.J. García Galocha na direção de arte e, agora, também na direção de um filme, e o enredo é de fácil entendimento, sem grandes problemáticas a serem solucionadas.
As Múmias e o Anel Perdido estreia, oficialmente, em 23 de fevereiro nos cinemas brasileiros. A animação terá sessões pagas de pré-estreia a partir de hoje, 18 de fevereiro, em algumas salas.
