Críticas | Euphoria – 2ª Temporada

Segunda temporada de “Euphoria” está disponível pela HBO Max.

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“Euphoria” é estrelada por Zendaya. (Foto: Reprodução)

Quando Euphoria foi anunciada em 2017 pela HBO, um burburinho foi criado. Baseada na série homônima israelense, a série ganhou ainda mais notoriedade quando Zendaya foi escolhida para o elenco. E, quando finalmente chegou às telas, em 2019, seu sucesso garantiu com que um novo grupo de público pudesse acompanhar a produção.

Com a pandemia de COVID-19, dois especiais foram apresentados aos telespectadores para não ficarem muito tempo sem novos episódios. Envolventes, as produções trouxeram novas dimensões para Rue (Zendaya) e Jules (Hunter Schafer) e seu relacionamento conturbado. Além disso, ambos os episódios mostraram a grandiosidade e, até, importância de Euphoria, agraciando seu público com temáticas importantes e desenvolvimentos necessários para as protagonistas.

Entretanto, a segunda temporada da série trouxe pouquíssimo do que nos foi apresentado há quase três anos. Sam Levinson, criador de Euphoria, assumiu todos os roteiros (como aconteceu na primeira temporada) e também a direção dos episódios — algo ininteligente por sua parte. Com resquícios de algo que aconteceu em Game of Thrones, também da HBO, os oito episódios inéditos de Euphoria se tornaram presunçosos, esperando que garantissem aplausos por cenas chocantes e poucos (ou inversão de) desenvolvimentos.

Antes apreciado por seus coadjuvantes, a segunda temporada dedicou pouco tempo a maioria deles. McKay (Algee Smith) sumiu após o primeiro episódio; Kat (Barbie Ferreira, em meio a rumores sobre brigas com Levinson) se tornou apenas figurante de luxo e seu discurso para Elliot (Austin Abrams, que domina um momento musical com “Holding Out For a Hero“, de Bonnie Tyler, no sétimo episódio) não remete à personagem na primeira temporada.

Enquanto isso, Cassie (Sydney Sweeny) se tornou alguém obcecada por Nate (Jacob Elordi), esquecendo de sua amizade com Maddy (Alexa Demie, que também quase se tornou figurante de luxo nos episódios). Elliot (Dominic Fike) é apenas mais um acessório para Rue e Jules, que esqueceu dos sinais óbvios de relapso de Rue.

Única unanimidade sobre desenvolvimento, talvez seja o relacionamento entre Lexi (Maude Apatow) e Fez (Angus Cloud), que conquistaram por seu slow burn e por serem lembrados como side-characters. De todas as narrativas criadas, essa se destaca por ser simples, terna que entregou ao longo dos oito episódios.

Levinson cometeu o erro básico de não ter outras pessoas ao seu redor para ajustar suas ideias e seus personagens, visando o crescimento da série. A segunda temporada se prezou por momentos de choque, que não acrescentam muito à narrativa. Pouco momentos foram realmente importantes para continuar a agradar a uma audiência jovem. Cenas entre Rue e Lexi nos últimos episódios foram significativas, mas serão esquecidas na temporada que poderia trazer mais, explorar mais, ser mais entre todas as produções que se dizem provocantes.

A segunda temporada de Euphoria está disponível na íntegra pela HBO Max.

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