Críticas | A Empregada

“A Emprega” estreia em 1º de janeiro de 2026 nos cinemas brasileiros.

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Foto: Reprodução

Thrillers femininos não são novidade para o público. Clássicos como A Mão que Balança o Berço (1992 e, recentemente, filme no Disney+), O Bebê de Rosemary (1968) ou Garota Exemplar (2014) misturam forças para serem intrigantes em tela. Por vezes, o gênero mistura a complexidade das personagens, com camadas extensas e passados cheios de segredos, com narradores iniciais que não exalam confiança. Assim, abre espaço para que as verdades sejam expostas e as mulheres se tornem heroínas passageiras no suspense.

Nesta década, o cenário literário trouxe histórias – e novos autores – que ganharam selos importantes (e alguns que já ganharam adaptações na TV e no cinema, e outros que chegam nos próximos meses para o público). Verity, por exemplo, de Colleen Hoover, chegará com Anne Hathaway e Dakota Johnson no elenco; enquanto Sharp Objects (com Amy Adams) se tornou um ótimo exemplo de adaptação para TV.

Baseado no livro homônimo – e best-seller de Freida McFadden, A Empregada (The Housemaid) é centrado em Millie (Sydney Sweeney), que busca um recomeço após passar 10 anos presa. Ela encontra trabalho como empregada para a família Winchester, contratada por Nina (Amanda Seyfried). O que aparenta ser uma família perfeita, logo se transforma em um pesadelo quando segredos começam a aparecer.

Sob direção de Paul Feig (conhecido por Um Pequeno Favor e Missão Madrinha de Casamento), o filme consegue construir os mistérios ao longo dos 131 minutos. As viradas, as revelações, nos fazem questionar se estamos enxergando as verdadeiras faces. Com mudanças interessantes do seu material de origem (mais gráficas, mais interessantes para a tela), a narrativa é envolvente para a audiência, misturando suspense, thriller e erotismo.

Logo no início, percebemos que estaremos assistindo uma história com narradores não confiáveis. Desde como Millie se apresenta inicialmente, passando pelas explosões de Nina, e até como Andrew (Brandon Sklenar) é santificado pela comunidade. Quando os segredos começam a ser revelados, entendemos os detalhes, minúcias fundamentais para o clímax nos minutos finais.

Seyfried mergulha no camp (ou seja, no exagero) conforme a história se desenrola. Enquanto Sklenar consegue ser o homem perfeito, ideal, amoroso (muitas vezes chamado de santo) para uma das viradas mais proeminentes do enredo. O elo fraco é Sweeney que, por vezes, aparece mais apática nessa construção da personagem – ou apagada pelo magnetismo de Seyfried na loucura de Nina – e a presença quase figurativa de Michele Marrone (365 Dias; Outro Pequeno Favor) como o jardineiro dos Winchesters.

Assim, A Empregada é um deleite para uma história recheada de viradas e que, quando aceita ser algo exagerado, ascende em tela. Seyfried se delícia em cena, com Sklenar mostrando uma nova faceta nesta jornada cinematográfica após É Assim que Acaba (2024) e Drop – Ameaça Anônima (2025). Sweeney essa monótona (e já mostrou em outras produções que consegue sair desse estado de atuação e ser mais carismática em cena). Entretanto, mesmo com um início acelerado, a segunda metade do filme ascende nessa temática exagerada.

A Empregada estreia oficialmente em 1º de janeiro de 2026 no circuito brasileiro de cinemas, com sessões antecipadas a partir de 19 de dezembro.

Nota:

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