Críticas | Predador: Terras Selvagens
“Predador: Terras Selvagens” estreia em 6 de novembro nos cinemas brasileiros.

Hollywood em um momento específico de revitalizações de franquias – seja pelo apelo nostálgico ou projetos passionais de diretores e roteiristas de filmes que mudaram suas visões sobre o cinema. Obviamente, nem todas as franquias conseguem ter uma nova faísca e, por estarmos em outra era da bilheteria e como pessoas consomem longas-metragens, é necessário pensar em como realizar essa conexão com, principalmente, um novo público – que não participou de fenômenos culturais envolvendo franquias.
Desde Predador: A Caçada, lançado em 2022 no catálogo do Hulu nos EUA e sua indicação ao prêmio de Melhor Telefilme no Emmy, a Disney está em uma ótima jornada envolvendo a franquia iniciada por Jim e John Thomas em 1987. Sob o comando de Dan Trachtenber, a franquia ainda ganhou a série animada sensacional Predador: Assassino de Assassinos, lançada em junho deste ano no Disney+, e agora ganha um novo capítulo.
Em Predador: Terras Selvagens (Predator: Badlands), acompanhamos a história do jovem Dek (Dimitrius Schuster-Koloamatang), jovem Yautja rejeitado por seu clã. Preso em um planeta distante, ele encontra em Thia (Elle Fanning) uma aliada improvável e, juntos, embarcam em uma jornada perigosa na busca do inimigo supremo.
O filme é uma explosão de ações e ritmo acelerado. As cenas de lutas com espadas de plasma são excepcionais, com cada personagem tendo uma maneira de locomover nessa coreografia. São detalhes como este que fazem o filme ser um espetáculo visual – e ter conexões com o universo de Alien, o Oitavo Passageiro.
Dek está em uma jornada extremamente pessoal. Descrito como o mais fraco entre seus pares, ele é um dos filhos do líder deste clã – e Schuster-Koloamatang também interpreta o patriarca. O protagonista precisa mostrar sua força enquanto ainda lida com uma caçada envolvendo militares (como acontece em boa parte dos projetos da franquia). Neste filme, logo no início, deixam evidente quem são os Yauja e quais os únicos seres capazes de amedrontá-los.
Fanning está muito bem como Thia e Tessa, duas androides Weyland-Yutani completamente opostas. A construção de ambas está em detalhes e a atriz mostra, novamente, desenvoltura e versatilidade em suas personagens.
Assim, Predador: Terras Selvagens é mais um atestado da dedicação de Trachtenberg à franquia. Cenas de ação engajantes, uma dupla protagonista que consegue ser cativante e uma história simples, são capazes de fazer esse novo capítulo da franquia ser excitante para o público geral. E com uma breve cena antes dos créditos, é capaz de deixar evidente que não foi a única vez desses personagens nas telas – e novas histórias desse grupo devem ser contadas em breve.
Predador: Terras Selvagens estreia em 6 de novembro nos cinemas brasileiros.