Críticas | Quarteto Fantástico: Primeiros Passos

“Quarteto Fantástico: Primeiros Passos” estreia em 24 de julho nos cinemas brasileiros.

Críticas Quarteto Fantástico: Primeiros Passos
“Quarteto Fantástico: Primeiros Passos” é dirigido por Matt Shakman. (Foto: Reprodução)

Após cinco anos, a Marvel Studios começa a trabalhar em sua última fase da Saga do Multiverso. Com alguns tropeços e acertos, como em fases anteriores (incluindo a celebrada Saga do Infinito), o estúdio traz para os fãs algo esperado desde 2019, quando a Disney adquire a 20th Century – e, por consequência, consegue ter os direitos de trabalhar com os personagens da editora que estavam com a Fox.

Ambientado em uma Terra paralela, na década de 1960 retrofuturista, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos traz os heróis precisando proteger o mundo de um ser cósmico, conhecido como Galactus, o devorador de planetas, e o de seu arauto.

Com aspectos que evocam o título de “primeira família” da Marvel, o filme explora essa dinâmica – principalmente quando são colocados à prova com a iminente chegada de Galactus ao planeta. Nos 115 minutos, o longa-metragem destrincha os relacionamentos entre cada membro do grupo, e como lidam com a pressão popular.

Vanessa Kirby é uma força magnética como Sue Storm. A verdadeira cola do grupo, ela mantém Reed Richards (Pedro Pascal) e seu intelecto em cheque, deixa Johnny Storm (Joseph Quinn) vocalizar suas teorias, e é tão amiga de Ben Grimm (Ebon Moss-Bachrach) quanto seu marido.

Johnny deixa de ser a versão tão mulherengo de versões anteriores, e tem seus méritos em desvendar parte do grande plano para salvar a Terra. Sua amizade com Ben, similar a de irmãos, é um destaque para a narrativa. Já a versão de Pascal do Senhor Fantástico é mais comedida, focando intensamente em sua inteligência e solução de problemas com invenções mirabolantes.

Além de um visual estético exuberante, é necessário destacar o visual de Galactus (vivido por Ralph Ineson). Próximo ao que conhecemos dos quadrinhos, Matt Shakman (diretor do filme) soube trabalhar a escala do ser cósmico e a maneira como se comporta – incluindo com a Surfista Prateada (Julia Garner). A parte espacial do longa-metragem é muito bem executada, e os momentos tensos são fundamentais para intensificarem como esse ambiente é utilizado em cena.

Assim, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos é uma experiência fora do comum para o público da Marvel (principalmente por não estar – ainda – presente na linearidade do universo que conhecemos). Com visuais que impressionam, que solidificam a proposta retrofuturista de sua ambientação, o filme é um passo para compreender o que estaremos presenciando em dezembro de 2026. Além disso, parte de uma celebração da história desse grupo e sua disfuncionalidade como família – mas sempre prezando pela união, e relacionamentos individuais, entre cada personagem.

Quarteto Fantástico: Primeiros Passos estreia em 24 de julho nos cinemas brasileiros.

Nota:
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