Críticas | Jurassic World: Recomeço

“Jurassic World: Recomeço” estreia em 3 de julho nos cinemas brasileiros.

Jurassic World: Recomeço Críticas
Foto: Reprodução

O ato de recomeçar franquias não é incomum em Hollywood. Em uma era que a nostalgia se torna parte fundamental para as histórias, o importante é trazer algo de novo na história apresentada para o público. Mais do que isso, é imprescindível que a narrativa seja acolhedora da audiência, com algo envolvente e nuances suficientes para tirar o máximo desse sentimento quase incapacitante dentro do audiovisual.

Poucos anos após o que é considerado um fracasso, a franquia de Jurassic World retorna aos cinemas com uma missão de revitalizar algo que, muitas vezes, recicla uma mesma narrativa há alguns anos. Obviamente, as histórias pensam em trazer algo sobre a ganância de alguns e a bondade intrínseca de outros com dinossauros.

Jurassic World: Recomeço (Jurassic World: Rebirth) é ambientado cinco anos após os eventos de Jurassic World: Domínio. Uma agente de operações especiais, Zola (Scarlett Johansson), é contratada por uma empresa farmacêutica para, ao lado do paleontólogo Henry Loomis (Jonathan Bailey), ir até um dos únicos lugares que dinossauros prosperaram na Terra, para conseguir o DNA de três espécies capazes de salvar a humanidade.

Ao lado deles, está uma equipe liderada por Duncan Kincaid (Mahershala Ali), que trabalhou com Zola em outras missões, e, para colocar ainda mais tensão na narrativa, uma família de civis acaba presa na mesma ilha – tornando uma missão, também, de resgate.

Dirigido por Gareth Edwards e roteiro de David Koepp (responsável pelas histórias do filme de 1993 e 1997 da franquia), o longa-metragem se aproxima a trilogia original de Steven Spielberg, com suspense iminente e constante. Ainda assim, o filme traz a temática das mutações e experimentações genéticas como parte fundamental do enredo – e continuará como norte de qualquer outro projeto da franquia.

É inegável a qualidade de estrela que o trio principal, formado por Johansson, Bailey e Ali, possui em cena. Mesmo com uma ambiguidade sonolenta envolvendo a possibilidade de romance, os três se destacam por suas personagens que se equilibram e trazem conversas com dimensão para a construção do momento que encontramos cada um deles. Já Rupert Friend é o novo rosto de personagens maléficos, gananciosos, e logo no início sabemos suas intenções nada nobres em relação ao que propõe para o trio.

O núcleo familiar liderado por Manuel García-Rulfo também é interessante, e possui, talvez, boa parte das tensões envolvendo close encounters com os dinossauros. Questionamos algumas ações e, também, temos raiva de alguns deles? Sim, mas cada um deles cresce conforme o medo se instaura e se torna fundamental se protegerem para sobreviverem.

Assim, Jurassic World: Recomeço é superior às tentativas mais recentes da franquia nos cinemas. Com uma narrativa explorada anteriormente, mas com personagens mais agradáveis, o filme sabe sua força como algo único para o que foi proposto neste século. Na veia do sentimento da nostalgia, busca se assemelhar mais ao que conhecemos em 1993, incluindo a trilha sonora poderosa e uma grandiosidade além de metrópoles para mostrar o mais próximo do habitat dos dinossauros – e fora de uma área de entretenimento.

Jurassic World: Recomeço estreia em 3 de julho nos cinemas brasileiros.

Nota: