Críticas | Como Treinar o Seu Dragão

Versão live-action de “Como Treinar o Seu Dragão” estreia oficialmente em 12 de junho nos cinemas brasileiros.

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Foto: Reprodução

O boom que vivemos com versões live-actions de filmes animados, não é por acaso. Mexer com a nostalgia se mostrou vencedora na bilheteria, e, obviamente, a crise criativa que Hollywood passa nos últimos anos, muito devido à insistência de executivos em preservação de IP (intelectual property) e não-criação de novos, se tornou quase um novo passo para projetos nem tão velhos, assim.

Recentemente, a Disney lançou Lilo & Stitch (que está quebrando recordes) e Branca de Neve, por exemplo. E não demoraria muito para outros estúdios mergulharem nessa empreitada e fazer dos limões, a limonada.

A versão live-action de Como Treinar o Seu Dragão é baseado na trilogia de filmes animados lançados na década de 2010 (ou seja, pouco mais de 10 anos desde o primeiro longa-metragem), que, por sua vez, são inspirados livremente na saga literária infantil escrita por Cressida Cowell. Esse filme segue a premissa exata daquele primeiro projeto da DreamWorks, com Soluço (vivido por Mason Thames) desafiando séculos de tradições da ilha de Berk ao fazer amizade com Banguela, um dragão Fúria da Noite.

Com Dean DeBlois como diretor, o filme explora visuais belíssimos como parte da ilha de Berk e não saí muito do que o filme animado apresentou em 2013. Aqui, Astrid (Nico Parker) está ainda mais corajosa em seus enfrentamentos, Perna-de-Peixe (Julian Dennison) continua a saber todas as estatísticas sobre Dragões; Melequento (Gabriel Howell) tem um pequeno aprofundamento de relacionamento com o pai; e os gêmeos (Bronwyn James e Harry Trevaldwyn) são mais absurdos.

Um dos destaques, porém, é a presença de Gerard Butler como Stoico, o Vasto, personagem que dublou na trilogia de filmes animados. O relacionamento com Soluço se torna mais ríspido, por vezes, trazendo uma carga dramática para o clímax ser mais prazeroso, com Bocão (Nick Frost) servindo como intermediário, mediador entre o pai e filho.

O visual dos dragões é impressionante, com a busca por individualidade para cada espécie. Além de uma fidelidade absurda com o que temos de memória das animações, a equipe de efeitos fez deles mais animalescos, com características próximas de animais de estimações para aprofundar o elo entre aqueles que, no futuro, se tornam cavaleiros dos dragões.

Assim, o live-action de Como Treinar o Seu Dragão (que terá continuação em 2027) é um dos projetos que mais se assemelha ao projeto original, e ainda mantêm uma atualização narrativa. Explorando cenários encantadores, e com visuais de tirar o fôlego, a equipe de DeBlois (que trabalhou na trilogia animada) mostra esmero em fazer a história ser além de uma adaptação de longas-metragens adorados – e, sim, algo abraçável pelo público.

Como Treinar o Seu Dragão estreia em 12 de junho nos cinemas brasileiros. O filme recebe sessões antecipadas a partir de 7 de junho.

Nota:
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