Críticas | Bailarina
“Bailarina” estreia em 4 de junho nos cinemas brasileiros.

Depois de quatro longas-metragens e um seriado especial, a franquia de John Wick promete expandir ainda mais o seu universo de assassinos. Mergulhando no treinamento sangrento e como a vingança é alimento para ações, o longa-metragem é um conto familiar e feminino em um espaço completamente masculinizado.
Ambientada entre John Wick 3: Parabellum (2019) e John Wick 4: Baba Yaga (2023), Bailarina é centrada em Eve Macarro (Ana de Armas), uma assassina treinada pela Ruska Roma que busca vingança pela morte do pai 12 anos antes.
Dirigido por Len Wiseman, e roteiro escrito por Shay Hatten, o filme constrói um universo maior do que conhecemos na saga protagonizada por Keanu Reeves. Com elementos conhecidos pelo público, e personagens que transitam constantemente pelos enredos anteriores, como o próprio John Wick, quanto Lance Reddick (em seu último papel antes do seu falecimento) e Ian McShane, o longa-metragem não deixa respiro para a protagonista e suas reviravoltas.
Armas sustenta o filme, e mostra uma evolução, ao longo dos 125 minutos, das coreografias de lutas (que se tornam cada vez mais complexas). Mesmo ao lado de nomes reconhecidos da franquia, e com a narrativa entre os dois últimos projetos do personagem de Reeves, a atriz cubana mostra magnetismo para conseguir controlar o enredo em suas mãos – mesmo que, por vezes, pareça cansativo e questionar a total invencibilidade de suas habilidades.
Sangrento, o longa-metragem não economiza em momentos, e acessórios, para fazer um verdadeiro banho. São maneiras diferentes, inventivas, de certa maneira, de trazer a violência dentro das cenas de ação e mostrar a força de uma Ruska Roma – e a letalidade do treinamento das bailarinas.
Entretanto, há quem possa mencionar que alguns desses elementos detrimento do fan-service e que atores possam aparecer de forma mínima, quase mais um cameo que propriamente ser parte do elenco. E, de fato, o vilão é enfraquecido ao longo da duração do filme e a participação de Normus Reedus é tão pequena, que é possível questionar quais foram os planos e se há algo mais elaborado para o futuro.
Assim, Bailarina é um capítulo intrigante para a franquia John Wick. Com um final aberto, pronto para ser projetado uma continuação, o filme preza por cenas de luta grandiosas, com maneiras diversas de fazer o sangue jorrar, enquanto insere personagens conhecidos do público, esqueça de elaborar outros nesse enredo de vingança e aprofundamento sobre a Ruska Roma.
Bailarina estreia em 4 de junho nos cinemas brasileiros.