Críticas | Dia Zero

“Dia Zero” estreou hoje, 20 de fevereiro, no catálogo da Netflix.

Dia Zero Críticas
Robert De Niro é o protagonista da minissérie. (Foto: Netflix/Divulgação)

Conspirações políticas são um dos temas mais espinhosos dentro de qualquer narrativa. Sejam por interferências internas ou externas, as histórias precisam ser construídas de maneira que, além de ser inerente ao período abordado, mas, também, sejam críveis pela audiência.

Dia Zero (Zero Day, no título original) é centrada em um ex-presidente dos EUA que precisa sair da aposentadoria para liderar uma Comissão para encontrar os responsáveis de um ataque cibernético que afetou todo o país. Conforme a desinformação se espalha descontroladamente, ambições de influenciadores nos setores de tecnologias, Wall Street e governo se chocando, a busca pela verdade o fará confrontar seus próprios segredos sombrios, arriscando tudo que lhe é mais precioso.

Em seu primeiro papel em uma série, Robert De Niro interpreta o ex-presidente George Mullen. Sua escalação como chefe dessa Comissão, é exaltada pela forma apartidária como comandou o país em seus quatro anos de mandado. Com

Outros dois importantes pilares da narrativa são Alex (Lizzy Caplan) e Roger (Jesse Plemmons). Filha do ex-presidente, e atualmente deputada, ela é encarregada da comissão que investiga a comissão, em uma óbvia abordagem de intriga. Já Roger é aquele que claramente circula por vários meios, sendo aquele personagem, no mínimo, suspeito.

Longe desses holofotes políticos, que ainda possuem Angela Bassett como a Presidente Mitchell e Connie Britton como a chefe de gabinete Valerie, encontramos em Evan Green (Dan Stevens) em papel de mídia independente – que não é tão independente, e possui ligações com pessoas conspiratórias.

É óbvio que os discursos da minissérie são extremamente estadunidenses, com o caducado “precisamos nos unir, não existem diferenças entre nós”. A construção dessa narrativa faz jus ao que conhecemos da política do país norte-americano, e como a insistência de culpados externos, são o principal motivador de suas guerras intermináveis. Entretanto, saber como caminhar com a narrativa, e ser capaz de surpreender o público, é uma das partes mais inteligentes do roteiro.

Mergulhando nessas conspirações políticas, e principalmente dentro do passado de Mullen e sua fiel caderneta, compreendemos ao longo dos seis episódios a extensão desse ataque cibernético que paralisou os Estados Unidos. Aos poucos, essa teia cuidadosamente tecida é revelada, mostrando muito mais que segredos, e situações muito mais complicadas de serem desatadas do que anteriormente pensavam.

Assim, Dia Zero é um exemplo interessante envolvendo conspirações políticas. Explorando tensões familiares e possíveis emaranhados dentro e fora da política dos EUA, a minissérie busca surpreender e contemplar sobre a fragilidade de um mundo inteiramente online, com vários jogadores querendo o melhor para si – e não em nome do patriotismo que sempre amam declarar.

Dia Zero estreou hoje, 20 de fevereiro, no catálogo da Netflix.

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