Críticas | Bridget Jones: Louca Pelo Garoto

“Bridget Jones: Louca Pelo Garoto” estreia em 13 de fevereiro nos cinemas brasileiros.

bridget jones louca pelo garoto
Renée Zellweger retorna como a protagonista do filme. (Foto: Reprodução)

Sabemos que existem alguns filmes de comédia romântica que marcaram gerações, muitas vezes atravessando décadas e mostrando determinação em ser longevas no imaginário. A franquia de Bridget Jones é uma delas.

Iniciada em 2001 nos cinemas, a franquia é inspirada em livros escritos por Helen Fielding. Enquanto os primeiros dois livros abordam como Bridget lida com relacionamentos e seu trabalho, o terceiro livro (no qual este filme é inspirado) tem conexões com a vida real da autora.

Nove anos após O Bebê de Bridget Jones (2016), único filme da franquia não inspirado diretamente nos livros escritos por Fielding, Bridget Jones: Louca Pelo Garoto começa de forma devastadora (e já exposta nos trailers). Agora, a personagem vivida por Renée Zellweger está lidando com o luto pelo marido Mark Darcy (Colin Firth), que faleceu em uma missão humanitária pelo Sudão há quatro anos, deixando-a ao lado dos filhos Billy e Mabel.

Constantemente recebendo conselhos não solicitados, mesmo que seus amigos (e até o ex-namorado Daniel, interpretado por Hugh Grant) ajudem com seus filhos, Bridget percebe que talvez seja o momento de retornar para o emprego como produtora de um programa de TV e, também, explorar sua vida amorosa. Nesse processo, encontra um homem mais novo (vivido por Leo Woodall) e, também, o professor de ciências do filho (interpretado por Chiwetel Ejiofor).

Ao longo dos 125 minutos, percebemos a luta interna de Bridget em relação a como lidar com o próprio sentimento de luto, e como falar com as crianças sobre isso, especialmente Billy. Além disso, passagens sobre a redescoberta sobre si, faz com que o filme lide muito bem sobre a trajetória de sua personagem principal, conseguindo fechar (novamente) um ciclo.

Talvez esse seja exatamente a parte mais incrível do filme, saber explorar três aspectos do luto nesse núcleo familiar. Os momentos de viradas são essenciais para saírem de seus casulos, e abrir espaço para a cicatrização sem culpa. E isso nãos e resume à família Darcy, com outros personagens passando por momentos importantes de suas jornadas pessoais e encontrando espaços para relacionamentos ou conversas sobre futuro.

No fim, apesar de um ceticismo natural, mesmo que baseado na história da própria Helen Fielding, autora dos livros que a franquia é inspirada, Bridget Jones: Louca Pelo Garoto se mantêm fiel ao que conhece e, principalmente, mostra outro lado da protagonista. É uma maneira de fechar (novamente) o ciclo da personagem.

Bridget Jones: Louca Pelo Garoto estreia em 13 de fevereiro nos cinemas brasileiros.

Nota:
Sair da versão mobile