Críticas | MMA – Meu Melhor Amigo

“Meu Melhor Amigo” estreia em 16 de janeiro nos cinemas brasileiros.

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Marcos Mion é o protagonista do filme brasileiro. (Foto: Reprodução)

Uma das coisas interessantes dentro de produções do audiovisual, é a capacidade de encaixar siglas diferentes em um tema único, que tente beneficiar a história por completo. É necessário um jogo de cintura e uma perspicácia para fazer a narrativa render – e conectar ambas as situações.

Em MMA – Meu Melhor Amigo, acompanhamos a trajetória de Max (Marcos Mion), campeão do MMA que está nos momentos finais de sua carreira no octógono após machucar o ombro. No meio da preparação para a luta que determinará seu futuro, descobre ser pai de um menino autista de oito anos e, agora, precisará também enfrentar o desafio de entender seu filho e conquistar seu afeto.

O longa-metragem dirigido por José Alvarenga Jr. espera ser didático sobre pessoas (principalmente crianças) no espectro autista. E, em certos momentos, até são importantes para a tentativa de desenvolvimento. Porém, os 107 minutos do roteiro de Paulo Cursino não desenvolvem ligações e nem um entendimento sobre o tema, apenas se colocam para amontoar o drama vivido pelo protagonista (que muitas vezes almeja o certificado de “melhor pai” por fazer o básico).

Apesar de uma trilha sonora de respeito, e cenas de luta que não utilizaram dublês, o filme, infelizmente, se perde por seus caminhos. Ocorre uma dissonância que não mergulha totalmente em espaços desejáveis e que aprofundem totalmente a narrativa. A ideia é algo louvável, que permeia diálogos e que pode, sim, acabar atingindo o público, mas que ainda encontra pontos que incomodam.

No elenco de apoio, Antonio Fagundes mostra um lado “pistola” que é charmoso, e outros atores também fazem o que é pedido. Guilherme Tavares (que também pode ser assistido em Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa) é um achado, que compreende a jornada de seu personagem e suas lutas pessoas. Porém, novamente, nada é explorado a fundo, incluindo conectividade entre personagens. O crível se torna escasso, completamente desvalorizado na narrativa que prega a conexão.

Assim, MMA – Meu Melhor Amigo não consegue realizar o desejado, deixando de explorar o que seria realmente importante para sua narrativa para acomodar alguns aspectos que deixam o enredo empobrecido. Tudo se torna um artifício exagerado na tentativa de deixar uma marca, ser lembrado em uma conversa sobre o assunto, mas que não acontece quando mais precisa.

MMA – Meu Melhor Amigo estreia em 16 de janeiro nos cinemas.

Nota:


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