Críticas | Lobisomem

“Lobisomem” estreia em 16 de janeiro nos cinemas brasileiros.

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Christopher Abbott é o protagonista do filme. (Foto: Reprodução)

A Universal Pictures está em uma empreitada de realizar novas versões de obras envolvendo monstros clássicos produzidos entre 1913 e 1956. Personagens como O Homem Invisível, Múmia e diferentes vampiros ganharam destaque tanto no século passado, quanto nos últimos anos. Agora, chegou a vez daqueles que, na maioria das vezes, se transforma quando a lua cheia está no céu.

Lobisomem é centrado em Blake (Christopher Abbott), residente de São Francisco, que herda sua casa de infância na zona rural do estado de Oregon, após o pai desaparecer e ser dado como morto. Com um casamento desgastado, convence sua esposa a fazer a viagem para empacotar as coisas e visitar a propriedade com a filha do casal. Mas quando a família se aproxima da fazenda, eles são atacados por um animal invisível e, presos na casa, uma transforma começa a acontecer que coloca em risco toda a família.

Dirigido por Leigh Whannell, que escreveu o roteiro ao lado de Corbett Tuck, o filme é um body horror com um mergulho em drama familiar, também. Logo no início, somos apresentados a lenda que corre naquela floresta e como moldou o protagonista. Quando o enredo é devidamente colocado à mesa, percebemos que o longa-metragem também busca ser sobre reconexões.

Abbott e Julia Garner possuem ligação em cena, mesmo que seus personagens estejam em crise, e Matilda Firth (Vampire Academy) cativa nos momentos idílicos do início. Garner continua a ser uma força monstruosa em sua atuação, carregando parte do enredo em seus ombros.

O susto existe desde o princípio. Apesar de aguardados e, em certos momentos, previsíveis, não deixam de conseguir impactar a narrativa. A transformação é repulsiva, como deve ser, mesmo que nem sempre o roteiro entregue todo o potencial que está presente no imaginário da audiência. Com auxílio da trilha sonora de Benjamin Wallfisch, o longa-metragem possui alguns méritos para que a narrativa seja, no mínimo, identificável.

No fim, Lobisomem não deve ser o melhor projeto dessa era moderna dos monstros da Universal Pictures. Entretanto, não deixa de ter méritos e consegue ser um body horror sem medo de ser grotesco para o público, entregando sustos nos momentos corretos. O filme é um conto familiar de fácil conexão, com aspectos comuns dentro da história para fazer a audiência saber o quanto isso impacta a narrativa.

Lobisomem estreia em 16 de janeiro nos cinemas brasileiros.

Nota:


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