Críticas | Mufasa: O Rei Leão

“Mufasa: O Rei Leão” estreia em 19 de dezembro nos cinemas brasileiros.

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“Mufasa: O Rei Leão” é dirigido por Barry Jenkins. (Foto: Reprodução)

Existe, atualmente, uma necessidade absurda em explicar origens ou fazer render histórias que funcionam, muito bem, em arcos fechados. Como se existir apenas naquela narrativa, fosse um demérito em uma Hollywood em constante crise de ideias (ou melhor, de executivos com pouca criatividade).

A onda de live-actions diz muito sobre isso. Basta lembrar que a versão com atores de Moana chegará aos cinemas em 2026, menos de dois anos do lançamento da sequência que está próxima de arrecadar um bilhão de dólares na bilheteria mundial.

Em 2019, a versão live-action de O Rei Leão chegou aos cinemas mundiais. E, apesar de ter aspectos incríveis em duas cenas, é constantemente lembrado com um documentário da NatGeo. Agora, chega a sequência, que, na verdade, é uma prequela, dessa história.

Mufasa: O Rei Leão é centrada na história do pai de Simba, do momento em que se perde dos pais durante uma enchente, amigar com Taka, herdeiro de uma linhagem real, e a busca por um lugar presente em histórias antigas.

Dirigido por Barry Jenkins, o filme mergulha em um conto sobre ancestralidade, e o que realmente é ser líder para além de linhagens. Ainda com visuais impressionantes, a história, através de flashbacks contados por Rafiki, se prende a um espaço quase enganador sobre os leões protagonistas. Afinal, sabemos muito bem qual o desfecho dessa história e como se comportam nesse futuro.

As canções compostas por Lin-Manuel Miranda podem ser incríveis, mas não se assentam completamente dentro da narrativa. Talvez seja o fato de as canções originais serem potentes e transcender o imaginário, e aqui sejam passos lentos para tentar chegar no mesmo patamar. Além disso, vejo problema em sua estrutura, que não funciona dentro de produções dadas ao compositor.

Assim, Mufasa: O Rei Leão parece saber que trabalha com um legado iniciado em 1994, com a animação. Entretanto, entrega apenas parcialmente o enredo proposto, cujos movimentos finais já são de conhecimento geral e perde o impacto conforme os 118 minutos são apresentados. Jenkins busca a grandeza que a história deseja, mas é inevitável comparações e questionamentos sobre o quanto a narrativa ainda se estende.

Mufasa: O Rei Leão estreia em 19 de dezembro nos cinemas brasileiros.

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