“Operação Natal” estreia em 7 de novembro nos cinemas brasileiros.
Os filmes de ação de Natal são um nicho presente há décadas dentro dos lançamentos cinematográficos, com um dos primeiros presentes ainda na década de 1940. O tema comum é salvar a data, seja para que o Papai Noel consiga realizar sua missão, ou apenas dentro de sua própria mitologia. Mesmo com clássicos como Esqueceram de Mim (1990) ou Duro de Matar (1988), alguns ainda se perdem ao equilibrar todos os aspectos de sua narrativa.
Em Operação Natal, quando o Papai Noel (J.K. Simmons) é sequestrado, cabe ao líder da segurança do Polo Norte, Callum Drift (Dwayne Johnson), trabalhar com um caçador de recompensas, Jack O’Malley (Chris Evans), regatar e salvar o Natal.
O filme, dirigido por Jake Kasdam, baseado no roteiro escrito por Chris Morgan (inspirado na história original de Hiram Garcia), é uma bola de neve de problemas. Apesar de querer apelar para aqueles que não desejam romance, e apostar nas cenas de luta com Johnson e Evans, o longa-metragem possui problemas em sua estrutura narrativa.
Um dos problemas é sua duração. Os 124 minutos parecem repetitivos, incluindo parte dos diálogos que utilizam até partes de músicas natalinas para complementar o que querem em cena – e de uma maneira inorgânica até para personagens que vivem no Polo Norte.
É entendível que o personagem de Johnson seja durão, um guarda-costas que perdeu a esperança com o tanto de nomes dentro da Lista Nefasta. Porém, isso não signifique que precise parecer endurecido em cena, constantemente carrancudo e sem dimensões faciais. Em contrapartida, Evans parece menos robótico em cena, com alguma dimensão em seu personagem, com alguma motivação, mas, ainda assim, longe de ser algo realmente memorável.
Simmons é subaproveitado durante toda sua participação, assim como Lucy Liu como a Diretora de uma agência que controla os seres mitológicos. A jovem Kiernan Shipka retorna para o mundo das bruxas ao interpretar a vilã Grýla no filme, em uma interpretação que parece ser elaborada demais e, em outras, precária, impotente (mesmo todos sabendo que ela sabe atuar).
Assim, Operação Natal é uma tentativa de ser alternativa para os quem não suporta – ou apenas alguma variedade – dos filmes de romance dessa época do ano. Mesmo cheio de cenas de luta para saudosos de Capitão América ou Johnson relembrando seus anos de lutador, o longa-metragem se desdobra para fazer o público se importar com o tempo correndo, mas tudo parece desinteressante em cena, artificial até mesmo em motivações e razões por se tornaram quem são. Além do desperdício de nomes e de trilha sonora, o filme não se firma em nada que se propõe durante os 124 minutos.
Operação Natal estreia em 7 de novembro nos cinemas brasileiros.
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