Críticas | Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice
“Os Fantasmas Ainda Se Diverte: Beetlejuice Beetlejuice” estreia em 5 de setembro nos cinemas brasileiros.
Os Fantasmas Se Divertem é um dos filmes que mais tenho apego. Um dos poucos projetos dirigidos por Tim Burton que realmente adoro, o longa-metragem da década de 1980 possui uma fórmula dificilmente replicável com seu humor crasso e elementos de horror fantasiosos. Com anos desenvolvendo possíveis sequências, chegou finalmente o momento do retorno de Besouro-Suco às telas.
Trinta e seis anos depois do primeiro filme, Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice começa a partir da notícia da morte de Charles Deetz (vivido por Jeffrey Jones no longa-metragem de 1988), com a família retornando à Winter River para o funeral. Lydia (Winona Ryder) possui um relacionamento complicado com a filha Astrid (Jenna Ortega), que acaba descobrindo a maquete da cidade no sótão e o portal da Pós-Vida é novamente aberta – libertando Besouro-Suco (Michael Keaton).
Tim Burton reconhece o que funciona tão brilhantemente no filme da década de 1980 e busca brincar com o caos que o roteiro apresenta através das lentes. Uma abertura que viaja pela maquete e mostra como Lydia lida atualmente com sua mediunidade, e passagens por localizações importantes para o público apaixonado por Os Fantasmas Se Divertem, o diretor se mostra confortável neste retorno à Winter River.
Durante os 105 minutos de duração, o longa-metragem traz reviravoltas e novos momentos que vão entrar no imaginário popular, celebrando situações de bizarrice que são possíveis dentro do enredo. As serenatas de Besouro-Suco, e a maneira como Delores (vivida por Monica Bellucci) e Wolf Jackson (Willem Dafoe) são introduzidos à história, o filme se delicia com mergulhos de pura bagunça para continuar a frisar essas situações absurdas.
Keaton continua a interpretar um Besouro-Suco sem morais, com suas interações que contemplam sua obsessão por Lydia até seu relacionamento tumultuoso com Delores – e, por consequência, Wolf. Ryder e Ortega conseguem mostrar os embates (e a razão deles) entre mãe e filha, enquanto Justin Theroux interpreta uma versão estapafúrdia do novo namorado de Lydia e Catherine O’Hara mergulha novamente no exagero delicioso de Delia, com entregas arrebatadoras de seus diálogos malucos.
No fim, Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice é um retorno caótico, porém delicioso para a franquia. É o momento de voltar a explorar essas histórias – e possui a certeza de que, em algum momento, isso acontecerá. Burton se alimenta desse caos e se mostra confortável, reverenciando sua própria trajetória nesse horror fantasioso.
Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice estreia em 5 de setembro nos cinemas brasileiros.
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