Críticas | Deadpool & Wolverine
“Deadpool & Wolverine” estreia em 25 de julho nos cinemas brasileiros.
Desde que aconteceu o anúncio que a Disney adquiriu a 20th Century Fox, os fãs do Universo Cinematográfico da Marvel imploravam pela adição dos mutantes ao catálogo. E, quando Homem-Aranha (vivido por Tom Holland) se juntou ao line-up em Capitão América: Guerra Civil, em 2017, era uma questão de tempo para que finalmente Charles Xavier e pupilos finalmente chegassem com o símbolo da Marvel Studios.
O último projeto cinematográfico envolvendo mutantes foi Os Novos Mutantes, gravado em 2017, e lançado somente em 2020 no catálogo do Hulu devido à fusão entre Disney e Fox. Mas, antes disso, houve problemas em entregar narrativas que agradassem o público fã dos mutantes (ou até mesmo do Quarteto Fantástico).
Com a aquisição, os fãs começaram a se preocupar com o limbo que essas personagens, alegorias para diversas questões sociais contemporâneas, estavam. Nem mesmo a breve participação de Patrick Stewart como o Professor X da série animada da década de 1990, em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (2022), apaziguou os corações que clamavam pelas aparições diretas dos mutantes.
Até o terceiro longa-metragem de Deadpool ser confirmado – e incluir Wolverine, um dos símbolos dos X-Men, em seu enredo.
Em Deadpool & Wolverine, Wade Wilson (Ryan Reynolds) está aposentado de seus trabalhos como o mercenário, seis anos após os acontecimentos de Deadpool 2 (2018). Porém, sua nova vida pacata é interrompida quando a Autoridade de Variância Temporal, liderada pelo Sr. Paradox (Matthew Macfadyen) o chama para uma missão que pode acabar com a sua linha temporal. Relutante, Wilson aceita a missão e busca um Wolverine (Hugh Jackman) para reestabelecer a ordem – enquanto lidam com inimigos conhecidos e inéditos, assim como possíveis aliados, para os fãs dos mutantes.
O filme dirigido por Shawn Levy se torna uma carta de adoração ao que a 20th Century Studios estabeleceu entre o fim da década de 1990 até meados dos anos 2010 nos cinemas. Com referências diretas de arcos importantes dos quadrinhos, o longa-metragem não deixa de brincar com o espectador e como os mutantes são importantes dentro no universo da Marvel nas páginas.
Com participações além de algumas já conhecidas (e que vão enlouquecer aqueles que cresceram com os filmes do gênero no início dos anos 2000), o filme despeja informações e cenas de ação, envoltas de músicas pop também da época – e vários momentos que lembra que Jackman é um dos atores mais adorados nos palcos da Broadway. Além disso, os diálogos são parecidos com o que já estabeleceu nos filmes anteriores do mercenário, que não ficam apenas entre Wilson e Logan.
Emma Corrin é uma Cassandra Nova interessante, sabendo mesclar o que James McAvoy e Patrick Stewart realizaram anteriormente, enquanto também cria sua própria identidade para a gêmea de Charles Xavier. Macfadyen também se destaca por seu Sr. Paradox e sua presença dentro da AVT, com uma busca por reconhecimento que se assemelha ao seu personagem em Succession (2018-2023).
No fim, Deadpool & Wolverine é uma maneira de celebrar o que, para muitos, iniciou a paixão pela Marvel. É certo que ele esteja entre produções sem muitas opiniões “meio-termo”, mas que não deixa de ser algo revigorante de assistir nessa nova fase do estúdio.
Deadpool & Wolverine estreia nesta quinta-feira, 25 de julho, nos cinemas brasileiros.