Críticas | Bridgerton – 3ª temporada (parte 1)
Primeira parte da terceira temporada de “Bridgerton” estreou hoje, 16 de maio, no catálogo da Netflix.
É inegável que Bridgerton se tornou um dos principais títulos da Netflix. A série inspirada nos livros de Julia Quinn realça um gênero esquecido ou menosprezado por muitos, enriquecendo as histórias da autora e mergulhando nos clichés adorados por aqueles que consomem romances.
A terceira temporada de Bridgerton é inspirado em Os Segredos de Colin Bridgerton, o quarto livro da família. A produção de Shondaland decidiu inverter (nas palavras da showrunner Jess Browell) a ordem para explorar diretamente o final da segunda temporada do seriado. Assim, os novos episódios retratam o romance entre Colin Bridgerton (Luke Newton) e Penelope Featherington (Nicola Coughlan).
Decidida a embarcar de vez no mercado casamenteiro da sociedade londrina, Penelope acaba recebendo a ajuda de Colin para sair das sombras e encontrar alguém que lhe dê independência suficiente para continuar sua jornada dupla como Lady Whistledown. Nesta primeira parte, existem diversos elementos do livro presentes na narrativa, com espaço para mesclar o que já estava estabelecido previamente nas temporadas anteriores.
Newton e Coughlan sempre tiveram uma química avassaladora para os fãs, o que se confirma nos primeiros quatro episódios – e, com certeza, nos capítulos finais. É sempre interessante perceber como roteiristas (ou escritores) retratam o cliché de amigos que se tornam amantes, por ser algo delicado, cujas sutilezas transformam o macro. Em cena, percebemos o quão mexido Colin fica ao ajudar Penélope e o quão assustado fica ao descobrir sentimentos conflitantes envolvendo a jovem. Ao mesmo tempo, percebemos Penelope assumindo as rédeas de sua própria trajetória, tentando se livrar das garras familiares antes mesmo de pensar sobre seu segredo.
Nos outros núcleos, a amizade já destacada em fotos entre Eloise (Claudia Jessie) e Cressida (Jessica Madsen) ganha destaque por serem próximas, de alguma maneira, de Penelope. As pinceladas envolvendo as duas garotas se torna pano de fundo para até mesmo os dilemas da jovem Featherington.
Francesca (Hannah Dodd) finalmente ganha uma luminosidade. A mais quieta entre os Bridgerton se aventura pela alta sociedade com expectativas sobre sua pessoa, e encontra aliados surpreendentes – e caminha para o que é apresentado nos livros.
Já Benedict (Luke Thompson) ganha novo interesse amoroso que não acrescenta tanto em sua história, que, desta vez, é sobre desaparecer e seu encantamento pela viúva Lady Arnold (Hannah New). É esperado que seu momento de protagonizar a série seja na quarta temporada, e estou neste time por querer que ele ganhe dimensões para além do apresentado até o momento.
As músicas do cenário popular embalam novamente as cenas dos bailes, e conseguem ser personagens dentro da narrativa. Os figurinos continuam majestosos e, mesmo que alguém aponte que não se assemelham ao que era a vestimenta da época, se tornam assunto para cada cena.
Assim, a primeira parte da terceira temporada de Bridgerton decide explorar o ressurgimento de amizade entre Colin e Penelope, caminhando para problemáticas nos episódios finais que podem causar situações complicadas para o casal e aqueles próximos a eles – principalmente quando o segredo da jovem Featherington ser revelado para além de Eloise.
A primeira parte da terceira temporada de Bridgerton estreou hoje, 16 de maio, no catálogo da Netflix. Os quatro episódios finais chegam em 13 de junho ao catálogo da plataforma de streaming.
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