Atualmente a voz do Mancha Solar em “X-Men ’97”, Gui Agustini atuou em produções da Nickelodeon, curtas-metragens e filmes brasileiros.
Filho de mãe argentina e pai peruano, Gui Agustini se firmou nos Estados Unidos há mais de 15 anos, onde atuou em diferentes séries de TV e curtas-metragens, e agora faz a transição como diretor para alguns projetos que podem chegar aos circuítos de festivais.
Entre os destaques de seu currículo, estão a série Grachi (2011-2012) da Nickelodeon, The Glades (2010-2013) da A&E, narração de Grand Theft Auto e, mais recentemente, se tornou a voz de Roberto da Costa, o Mancha Solar, em X-Men ’97 (cuja primeira temporada estreou em 20 de março pela Disney+).
Abaixo, confira entrevista exclusiva com Gui Agustini sobre sua carreira no Brasil e nos EUA.
Como aconteceu esse processo para se tornar a voz do Mancha Solar? Foi mais difícil segurar o segredo ou todo o processo?
É, realmente não foi fácil manter o sigilo. Haha. Mas me segurei bem. O meu processo de casting foi bem simples, na verdade, e sem pressão nenhuma porque eu nunca soube nem me dei conta de que era o Mancha Solar ou X-Men 97. A maioria do elenco se deu conta pelo fato de serem personagens mais conhecidos. Eles descobriram pelo texto. Mas eu não. Eu simplesmente fiz um teste lá por outubro de 2021. Depois recebi o mesmo teste – com algumas pequenas alterações – lá para março de 2022D. Eu mandei novamente o teste pelo meu agente sem expectativas de receber nenhuma resposta, e 2 meses depois eu recebi um e-mail do meu agente que dizia: “Parabéns, Gui, você vai ser um super-herói”. Não entendi nada porque não sabia para que projeto eu tinha feito teste. Haha. Aí continuei lendo o e-mail e estava a oferta que dizia X-Men ’97. E eu: queeeee!? O processo de gravação foi maravilhoso, mas meus grandes desafios foram os sotaques. Essa decisão foi o mais difícil de tudo.
Você conhecia o personagem antes de dublá-lo? Quais eram suas relações com os quadrinhos antes de conseguir o papel?
Não conhecia o Mancha Solar, é a verdade. O que me deixa triste né. Eu cresci com os X-Men dos anos 90 mas o Roberto só apareceu depois onde eu já não via muita animação devido a minha dedicação ao tênis. Eu também tive muito pouco contato com os quadrinhos. Meu irmão gostava bastante, mas também durou pouco.
Você participou de um episódio de “Elsbeth”, nova série derivada de “The Good Wife”. Além de voltar a treinar tênis, houve outra preparação para estar na série? Há alguém de elenco que admira e que pode trabalhar perto?
O tênis foi o principal já que não treinava com alta intensidade há muitos anos. Mas como interpreto um jogador da Espanha – assim como o fiz na comédia Solteira Quase Surtando (2020) – o sotaque foi novamente o que mais me custou preparação. Eu contracenei mais com atores que estão construindo suas carreiras como eu, mas com quem pude interagir um pouco, que é uma lenda da televisão e atuação foi o Blair Underwood. Gente finíssima e gigante frente às câmeras.
Recentemente você dirigiu e estrelou alguns curtas-metragens? Como aconteceu essa transição para a direção?
Tudo começou em Miami em 2013 antes de me mudar para Nova York para estudar em um conservatório de atuação. Devido à frustração com não receber material ou receber material muito ruim de curtas estudantis, ou independentes, eu decidi criar um meu onde eu sabia que pelo menos teria material de boa qualidade, e se ficasse horrível, seria culpa minha, e pelo menos teria aprendido com o processo. Logo no conservatório, criei mais alguns curtas como parte da aula de História do Cinema, e depois de lá eu segui. E fui me apaixonando por ser o criador visual da história e de ter muito mais controle nas decisões de como contar a história.
Você atuou em “O Faixa Preta”, “Painho” e “Solteira Quase Surtando” no Brasil. Deseja explorar mais sua atuação no Brasil?
Quero sim. Continuo buscando oportunidades e projetos bons para fazer parte no Brasil. Logo se alguém tiver algo e quiser me contratar, só entrar em contato. Haha!
Com mãe argentina e pai peruano, você deseja atuar em algum projeto nos países também?
Ah, que ótima pergunta. Nunca pensei nisso. A Argentina tem filmes e séries fantásticas também, então com certeza. Não é um objetivo meu, mas sempre aberto às oportunidades. Peru mesma coisa, a única coisa é que conheço muito pouco do cinema e televisão de lá.
O que podemos esperar dos seus próximos projetos?
O meu curta TO THE END entra este ano no circuito de festivais – estamos esperando a resposta de Tribeca pra começar; estou terminando de editar um outro chamado YOU ARE FUNNY; e estou começando o processo de edição do meu último WEST TEXAS HOME, que conta uma história incrível, complicada, e linda que tenho muito otimismo seja meu cartão de entrada em festivais maiores que ainda não tive a oportunidade de participar.
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