Críticas | Abigail

“Abigail” estreia hoje, 18 de abril, nos cinemas brasileiros.

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Alisha Weir é a protagonista do filme. (Foto: Reprodução)

Entre as décadas de 1930 e 1950, a Universal Pictures se tornou responsável por um legado constantemente revisitado no audiovisual. Seus monstros (baseados principalmente na literatura) estão presentes na cultura pop, com histórias recontadas para cada geração – e explorando questões que se encaixam em momentos sociais diferentes.

Dirigido por Matt Bertinelli-Olpin e Tyler Gillett (responsáveis por Pânico, de 2022, e Pânico VI, em 2023), Abigail é uma versão de A Filha do Drácula (1936). Estrelado por Alisha Weir (Matilda, O Musical), o filme é centrado em um grupo de sequestradores contratados para capturar a filha de um poderoso empresário. Porém, logo descobrem que a menina não é o que aparenta ser e se veem presos com uma vampira disposta a eliminá-los.

É fácil perceber a função de cada sequestrador em cena. Melissa Barrera (Pânico), Dan Stevens (Legion), Kathryn Newton (Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania), William Catlett, Kevin Durand (Locke & Key) e Angus Cloud (Euphoria; falecido em 2023) conseguem criar algo dinâmico entre piadas e sustos. Assim que o filme engrena, e percebemos que virou um jogo sobre quem sobreviverá, é possível fazer apostas (algumas muito certas) de quem será a próxima vítima. Até mesmo o enigmático Lambert (vivido por Giancarlo Esposito) poderá entrar neste jogo de adivinhação e o que significa para cada momento do enredo.

O roteiro de Stephen Shields e Guy Busick possui viradas que se alinham ao jogo proposto, muitas vezes buscando enganar o próprio espectador. Por ser ambientado em apenas 24 horas, como é costume dentro dos filmes de horror, não há tempo para ser desenvolvido muito além de algumas informações das personagens ali presentes – e precisamos apenas focar no que está em tela para ser impactado pelo que se desenrola em cena.

A música clássica permeia durante os 109 minutos do filme, em especial O Lago dos Cisnes. Com seu instrumental dramático, a música é fundamental em momentos decisivos para o grupo de sequestradores – só é importante embarcar em situações que alimentam o nojento, a violência capaz de encher piscinas com sangues.

Assim, Abigail busca trazer uma versão atualizada de um clássico. Com violência extrema, momentos capazes de revirar o estômago, e algumas decisões questionáveis, o filme mergulha em pequenas mitologias para se dedicar a mostrar o que se propõe ao público exigente. A partir do momento que embarcamos no absurdo da história, é possível se entreter com o que vem em cada cena.

Abigail estreou hoje, 18 de abril, nos cinemas brasileiros.

Nota:

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