Críticas | Priscilla

Escrito e dirigido por Sofia Coppola, “Priscilla” estreia oficialmente em 4 de janeiro nos cinemas brasileiros.

Críticas Priscilla
Cailee Spaeny interpreta a protagonista do filme. (Foto: Reprodução)

Poucas pessoas vão questionar a grandeza de Elvis Presley nos palcos. Seu talento é inegável e, como pudemos ver na cinebiografia de 2022 dirigida por Baz Luhrmann, sofreu com as imposições de seu gerente e vícios.

Entretanto, sempre é possível (e necessários) falar sobre seu relacionamento com Priscilla Presley e o quão tóxico, abusivo ele se tornou. A começar que Elis começou a se envolver com Priscilla quando ela ainda era uma adolescente, e ele atuava no exército americano em um posto na Alemanha.

Com isso em mente, é possível mergulhar no que Sofia Coppola propõe em Priscilla – um projeto brilhante que irá enfurecer aqueles que colocam o cantor em patamares assustadores e vão comentar sobre outros tempos. Protagonizado por Cailee Spaeny, o longa-metragem é centrado desde o início do relacionamento deles até o fim do casamento, os 113 minutos mostram a fragilidade de Priscilla e como acreditou em ilusões.

Baseado no livro de memórias escrito pela própria Prisicilla Presley, e que foi lançado em 1985, o filme é um recorte muito básico sobre o relacionamento. Aos poucos, a jovem percebe que poucos a acolhem dentro do âmbito familiar (em sua maioria, mulheres) – e como Elvis nunca está realmente sozinho (incluindo dezenas de casos amorosos fora do relacionamento).

Além de falar sobre o relacionamento entre Elvis e Priscilla, o filme também mostra o fascínio da mídia por eles – onde até mesmo as garotas da escola querem fofocar sobre ela e Priscilla não pode nem ao mesmo andar pelos gramados de Graceland normalmente.

Coppola traz seu estilo de direção desde os primeiros momentos, e a ausência de músicas de Elvis consegue transformar o longa-metragem. São esses tipos de detalhes que fazem produções de Coppola se destacarem e ganharem seguidores cinéfilos.

No fim, Priscilla mostra um lado que poucos tentam abordar de ídolos, ou até mesmo personalidades públicas de grande impacto, sendo importantíssimo para exemplificar o que é groming e diferentes tipos de assédio. O filme pode se tornar algo poderoso, principalmente com a atuação magnética de Cailee Spaeny em cena, capturando da ingenuidade até os momentos turbulentos de Priscilla Presley durante o relacionamento.

O longa-metragem, também, mostra o crescimento de Coppola na direção, cada vez mais segura e também com um roteiro incrível, acertando as passagens para mostrar a ausência de Elvis na vida de Priscilla, a pressão da vida de celebridade e os vícios diversos que fizeram parte da vida do cantor estadunidense.

Priscilla estreia oficialmente em 4 de janeiro nos cinemas brasileiros. O filme estará em pré-estreias pagas a partir de 20 de dezembro em cinemas selecionados.

Nota:


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