Críticas | O Senhor do Caos
“O Senhor do Caos” estreia em 28 de dezembro nos cinemas brasileiros.
Os gêneros de terror e suspense gostam de trazer o folclore de alguns lugares, geralmente personagens e festividades pagãs para falar sobre as celebrações, seu misticismo e, principalmente, como muitos são macabros em sua essência.
Em O Senhor do Caos (Lord of Misrule, no título em inglês), o folclore britânico entra em cena, com uma vigária como protagonista. Durante a festividade do solstício de verão, sua filha desaparece e ela precisa correr contra o tempo para encontrá-la – enquanto segredos da pequena cidade emergem.
Dirigido por William Brent Bell, o filme promete algo muito mais denso do que realmente chega ao público. A ambientação é certada, com toda a questão da colheita e como a cidade esconde muito bem seus segredos da vigária vivida por Tuppence Middleton (Sense8). Entretanto, em muitos momentos não tem a força suficiente para se sobressair em um cenário explorado demasiadamente.
Além disso, existe a problemática que é óbvio o envolvimento de algumas personagens desde o início, retirando o elemento de suspense da narrativa. E, durante os 104 minutos, perde oportunidades de encerrar de uma maneira mais interessante do que o proposto e de surpreender o público, com viradas que carecem efetividade.
No fim, O Senhor do Caos, por mais meticuloso que seja, não encontra seu potencial. Seja pela perda do suspense ou a ineficácia de trazer os elementos folclóricos, o filme é construído sem definição sobre o que deseja se tornar para sua audiência.
O Senhor do Caos estreia em 28 de dezembro nos cinemas brasileiros.
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