Críticas | Assassinos da Lua das Flores

“Assassinos da Lua das Flores” estreia em 19 de outubro nos cinemas brasileiros.

Foto: Reprodução

Quando o assunto é cinema de qualidade, Martin Scorsese sabe deixar sua marca de maneira esplêndida. Por mais que possua apenas uma estatueta do Oscar (por Infiltrados, de 2006), ele é o diretor vivo que mais acumula indicações, sempre chamando atenção da crítica especializada com suas produções de alto padrão. Em “Assassinos da Lua das Flores”, vemos todo o potencial do cineasta durante quase três horas e meia, trabalhando juntamente de outros gigantes da indústria.

Baseada em fatos reais e no livro de mesmo nome, a história é focada no drama da nação Osage. A tribo indígena estadunidense detinha, no início do século 20, fortunas imensas por conta dos poços de petróleo que estavam sob a região onde habitavam. No entanto, após a notícia da sua riqueza se espalhar, diversos membros da nação começaram a aparecer mortos, um atrás do outro.

O protagonista da trama, Ernest Burkhart (Leonardo DiCaprio), é um veterano de guerra que, após voltar do conflito armado, passa a morar com o tio dentro da comunidade Osage. William Hale (Robert De Niro) deseja se infiltrar entre os indígenas para colocar as mãos em seu dinheiro e conquistar o território, usando Ernest como principal peão no seu jogo sujo.

Tanto o papel de DiCaprio quanto o de De Niro, exprimem diversas emoções no público, somados a suas atuações brilhantes em cena. Embora ambos “sofram” as consequências de suas ações, o cinismo atrelado ao privilégio branco é capaz de causar muita revolta no público. A nativa Osage Mollie (Lily Gladstone), interesse romântico e mais tarde esposa de Ernest, também entrega bastante emotividade com seu papel na história. Ao contrário dos anteriores, é muito fácil se solidarizar com a luta da personagem, que se mantém de pé e firme até o final de sua jornada.

O ponto principal que conduz o enredo, é a relação do casal. Porém, quando os crimes contra a tribo se tornam mais evidentes, uma grande investigação acaba se desencadeando. À partir do momento que as autoridades entram em cena, já existe na narrativa uma vaga ideia de como o conflito irá terminar. O sentimento que fica é de indignação diante do quão ruim o ser humano pode se tornar em prol do dinheiro.

No geral, o filme é uma adaptação perfeita de um relato histórico. Scorsese já tem a carreira consolidada, mas conseguiu chegar o mais próximo que já esteve de uma obra-prima.

Assassinos da Lua das Flores estreia em 19 de outubro nos cinemas brasileiros.

Nota:


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Giovanna Csiszar

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