Críticas | Um Ano Inesquecível – Inverno

“Um Ano Inesquecível – Inverno” estreia em 16 de junho no catálogo do Prime Video.

Maite Padilha é a protagonista de “Um Ano Inesquecível – Inverno”. (Foto: Divulgação)

Seguindo a franquia de novos filmes nacionais da Prime Video, baseado no livro de sucesso Um Ano Inesquecível com contos inspirados nas estações do ano das autoras nacionais Thalita Rebouças, Babi Dewet, Paula Pimenta e Bruna Vieira. O terceiro filme a ser lançado e a história inspirado no conto do “Inverno” de Paula Pimenta. 

Na sinopse do longa, o Inverno nos levará diretamente para as montanhas nevadas do Chile, onde acontece a história de Mabel, uma garota que quer passar seus últimos momentos antes da formatura viajando com seus amigos de infância, mas tem os planos frustrados por uma viagem em família. Ao lado dos pais e do irmão mais novo, ela enfrenta seus sentimentos mais profundos, encontra um novo amor e descobre sua verdadeira identidade.

O filme também nos traz uma hora e 40 de duração e nos mostra uma nova versão da história já conhecida de Paula Pimenta. Sim, a história do inverno é diferente do livro da autora nacional, e já vemos essa mudança quando a protagonista é mais velha no filme do que no livro. Mabel acaba indo para o Chile com os pais, sendo que ela não queria isso, e sim viajar com as amigas para Porto Seguro para a viagem de formatura. O que ela não imaginava era que essa viagem além de trazer Benjamim para sua vida, ainda iria trazer diversos ensinamos sobre ela mesma.

Mabel gosta muito de escrever, e vemos isso no filme, quando ela tenta criar uma história para participar de um festival que terá na cidade, no qual ela inclusive terá a chance de conhecer Irina, a autora que ela tanto gosta. No filme também vemos o quanto a Mabel é insegura, o quanto ela não sabe lidar muito bem com mudanças. Ela gosta que tudo seja como sempre foi, e fica com certo medo e receio dessas mudanças fazendo o público ver o quanto esta transição de vida jovem para vida adulta, de sair do ensino médio e ir para faculdade, pode ser algo que de fato cause medo e inseguranças em diversos aspectos. E confesso que me identifiquei muito com ela em nisso e em vários outros momentos.

Imagem: Divulgação

O romance que todos tanto amavam no livro de Paula Pimenta entre Mabel e Benjamim, está mais do que presente no filme. Como um bom enemies to lovers, nós vemos os dois que se odeiam logo de cara, acabam se aproximando e criando um sentimento diferente e muito bonito um pelo outro. Maite e Michel trazem toda a energia e características dos personagens do livro pro filme, que me fez sentir que estava vendo os personagens literários na tela. E a química absurda entre nossos protagonistas transborda da tela fazendo você se encantar por eles. 

Imagem: Divulgação

Tanto os personagens secundários como suas tramas paralelas deram um plus para história, e além de ter representatividade, os enredos fazem você se envolver mais e mais na nova história narrada no filme, e vemos o quanto esses novos amigos fazem bem para a Mabel e fazem ela também evoluir e crescer. A seita que vemos parcialmente no trailer do filme, e explicado o porquê de sua existência no filme, e confesso depois dessa explicação, eu até que gostei do motivo e tudo que a envolve. 

Imagem: Divulgação

Maite Padilha brilhou durante todo o filme, fazendo você se encantar mais e mais pela Mabel ao decorrer da história, faz você sentir todas as suas inseguranças, seus medos e suas aflições, fazendo você se conectar com ela de uma forma muito única e forte, e eu reforço o quanto eu senti toda a energia da Mabel do livro em todos os trejeitos da Maitê no filme.

Mabel diz uma fala em tom de brincadeira que “Romance juvenil: difícil levarem a sério”, que nunca levam romance juvenil de uma forma séria, mas ao longo do filme, vemos a importância desses enredos juvenis, que são eles que trazem uma leveza para o nosso dia a dia, e nos traz aquela energia tão especial e nostálgica da nossa juventude e de talvez coisas que gostaríamos de ter aprendido com aquela idade. O filme também tem uma leve pegada musical como nos outros filmes, nos trazendo alguns momentos com música e momentos de cantoria. 

Como nos outros contos, temos a participação das donas da história no filme. Em UAI Inverno, vemos Paula Pimenta aparecendo e falando em um idioma bem típico do Chile (sabem qual é, né?) e segurando também o livro físico de “Um Ano Inesquecível“. Também temos a aparição de outra pessoa conhecida no filme, que tenho certeza que todos vão gostar, e podemos dizer que foi um crossover “trocado”. 

Imagem: Divulgação

Como um todo, Um Ano Inesquecível – Inverno é, sim, diferente do livro de Paula Pimenta. Mas, apesar das mudanças, de assuntos modernos, a energia e essência dos nossos protagonistas segue igualzinha ao do livro, e realmente me agradou muito essa nova versão e são valiosos todos os ensinamentos e lições que vamos absorvendo ao longo de todo filme. Se você é leitora de Paula Pimenta assim como eu, de essa chance para o filme e assista porque vale muitíssimo a pena. 

Nota:

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Bianca Antunes Martins
Sou da cidade de São Paulo, sou jornalista, sou criadora de conteúdo desde 2018 e sou apaixonada por livros e séries.

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