Críticas | Ruby Marinho – Monstro Adolescente
“Ruby Marinho – Monstro Adolescente” estreia nesta quinta-feira, 29 de junho, nos cinemas brasileiros.
Estamos vivendo em uma era que facilmente tudo vira uma guerra entre fãs. Muitas vezes, antes mesmo de consumir algum produto audiovisual, opiniões são formadas por contarem com algum algo que julgam como afronto ou errôneo. Ruby Marinho – Monstro Adolescente sofreu desse malefício ao sair um mês após o live-action de A Pequena Sereia, onde muitos acreditaram que o antagonismo do novo filme da DreamWorks era um confronto com a produção estrelada por Halle Bailey.
Obviamente, não é sobre o musical da Disney – mas sobre como o imaginário mundial estabeleceu um único modelo de sereias e vilões. E isso é uma problemática levantada nos 90 minutos da nova animação do estúdio que trouxe Shrek e Como Treinar o Seu Dragão.
Em Ruby Marinho – Monstro Adolescente, somos apresentados a adolescente que dá título ao filme. As vésperas do baile de formatura (o momento mais especial para os jovens estadunidenses), Ruby descobre que é uma kraken gigante – e herdeira ao trono do reino para proteger os oceanos de ameaças. Brigando com sua mãe (que decidiu sair do oceano e proteger a sua família há 15 anos), a jovem faz amizade com uma novata da escola – e se mostra ser uma sereia -, colocando a prova suas amizades humanas e seus novos poderes.
A história simples, de fácil entendimento – cujo principais pontos de viradas foram colocados nos trailers e, mesmo aqueles que não tenham assistido, conseguem ver exatamente o que acontecerá logo no início da trama. O enredo idealizado por Pam Brady é concentrado para o público infantojuvenil, com uma edição que insere músicas do cenário pop a cada dez minutos e que segue a fórmula de compreender quem é em sua jornada própria, com uma pequena metáfora envolvendo o monstro marinho da mitologia nórdica.
As cores chamam a atenção, assim como um estilo de animação que lembra massinha e o stop-motion (algo bem similar a franquia Trolls). As cenas envolvendo o fundo do mar, com cores vibrantes e também brincando com luz, são admiráveis e encantadoras. Como de costume, a dublagem brasileira é espetacular, sabendo exatamente onde inserir a linguagem jovem dentro do contexto narrativo.
No fim, Ruby Marinho – Monstro Adolescente é uma história similar a tantas outras que chegaram ao público recentemente, mas com elementos interessantes que podem atrair o público infantojuvenil por sua narrativa próxima da realidade – mesmo com seres fantásticos no centro de toda ação. Longe de ser uma dos melhores trabalhos da DreamWorks, o filme animado se mantém como algo inóculo para modificar a própria mitologia.
Ruby Marinho – Monstro Adolescente estreia nesta quinta-feira, 29 de junho, nos cinemas brasileiros.
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