Críticas | Velozes e Furiosos 10

“Velozes e Furiosos 10” estreia nesta quinta-feira, 18 de maio, nos cinemas brasileiros.

críticas velozes e furiosos 10
Foto: Reprodução

Velozes e Furiosos já se concretizou como uma das maiores franquias em filme de ação. São mais de 20 anos de um grande sucesso e o décimo filme está chegando aos cinemas nessa quinta-feira (18). Mas será que a franquia ainda continua sustentável? 

Com o mesmo elenco dos outros filmes, o décimo chega com a mesma premissa de sempre. Toretto (Vin Diesel) e sua família em paz curtindo a vida sem aquele caos e em harmonia, mas isso acaba logo quando Cipher (Charlize Theron) aparece na casa de Toretto dizendo que existe uma ameaça maior que ela. 

A premissa e até o roteiro em si do décimo filme não existe absolutamente nada de novo do que a gente já está acostumado com a franquia, parece mesmo que só estão investindo na ação exagerada com cenas que chegam a flertar com o ilogismo. Talvez depois do nono filme indo ao espaço, nada poderia ser superado, mas acredite, o décimo consegue exagerar ainda mais no absurdo. Sabemos que não podemos esperar muito de um filme que sempre teve a “marmelada” escancarada, mas às vezes é bom saber a hora de parar. 

Se podemos tirar algum proveito desse filme é que tem uma trilha sonora que conversa com a região que está se passando cada situação. Um exemplo disso foi quando tocou música da banda italiana Maneskin enquanto eles estavam em Roma, isso mostra a importância da trilha sonora de conversar com a ambientação. Também temos grandes participações especiais que faz o filme ficar mais leve, como a emocionante participação de Meadow Walker e até do Pete Davidson, e caso você gostar de Twenty One Pilots e/ou do Disney Channel vai achar dois rostos conhecidos também. 

A adição de Brie Larson no elenco foi um grande acerto. Mesmo que a atriz não tenha um roteiro elaborado e nem nada do tipo, a presença dela é estonteante com um figurino muito acertado, a mistura com roupas de alfaiataria com sapatos cheio de spikes deu bastante personalidade para personagem. Jason Momoa também faz um bom vilão, já que ele não tem muito para fazer com o texto, o personagem passa um tom imponente e compramos a ideia de um homem mal que vai fazer de tudo pelo poder. 

Nesse filme tem pelo menos quatro plots acontecendo tudo ao mesmo tempo, mesmo que ele vá para algum rumo com tudo isso. Existe pelo menos uma meia hora de filme que não existe nenhum tipo de necessidade de serem adicionadas, são apenas cenas de gente se batendo ou resoluções patéticas com um deus ex-machina que, sinceramente, nada se encaixa na trama. 

Sabe quando tem uma série de TV muito boa, de grande sucesso, mas quando começa a prolongar muito acaba ficando maçante que chega ao ponto de perder até o sentindo de tudo? A franquia de Velozes e Furiosos tá sofrendo do mesmo male, não existe mais história para contar e chega a ser cansativo ver tanto tiro, porrada e bomba sem nenhum intuito por trás. Chegou num ponto que precisamos apegar em pequenos detalhes para nos entreter para não se revoltar com tanto absurdo. 

PS: O filme contém uma cena pós-créditos

Nota:


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Nathália Sorrini

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