Entre Fatos | As jornalistas de ‘O Estrangulador de Boston’

“O Estrangulador de Boston” estreou em 17 de março no catálogo do Star+ no Brasil.

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Foto: Reprodução

Está cada vez mais comum Hollywood trazer a história de repórteres responsáveis por descobrirem grandes esquemas e crimes. Anos após a reportagem ganhar espaço, seja nas mídias físicas ou online, a indústria cinematográfica está mergulhando na vida de jornalistas cuja escrita mudaram trajetórias- ou pelo menos nos passos envolvendo os desdobramentos da reportagem.

Alguns exemplos, são Ela Disse (2022), sobre as duas jornalistas que aprofundaram nos abusos de Harvey Weinstein em Hollywood; o belíssimo Spitlight: Segredos Revelados (2015), vencedor do Oscar sobre casos de pedofilia dentro da Igreja Católica estadunidense; e, obviamente, Todos os Homens do Presidente (1976), sobre o caso Watergate.

Recentemente, chegou ao catálogo do STAR+, no Brasil, e pelo Hulu, nos EUA, o drama investigativo O Estrangulador de Boston. Escrito e dirigido por Matt Ruskin, o longa-metragem é sobre duas mulheres jornalistas que conseguiram conectar casos envolvendo a morte de mulheres aos arredores de Boston durante a década de 1960. Ainda sem solução, o caso ficou conhecido por ter inúmeros suspeitos e como as duas mulheres, Loretta McLaughlin e Jean Cole, trouxeram mais respostas que a investigação policial.

Loretta, vivida por Keira Knightly, nasceu em 1928, no estado de Massachusetts. Se formou na Universidade de Boston e começou a trabalhar no Boston Record American na década de 1950. Antes da matéria do Estrangulador de Boston, a jornalista trabalhar em editoria voltada para o público feminino e, após os casos das 13 vítimas (e incontáveis suspeitos até Alberto DeSalvo confessar), Loretta comeõu a trabalhar na Universidade de Harvard para jornais de ciência, além de atuar como diretora-executiva de relação públicas do hospital de oftalmológico e otorrinolaringólogo de Massachusetts.

Em 1970, retorna ao jornalismo ao começar a trabalhar para as editorias médicas do Herald American, subsidiário do Boston Record American. Seis anos depois, Loretta passa a integrar a equipe do Boston Globe também nas editorias de saúde, sendo defensora de um sistema público de saúde, além de cobrir extensivamente a crise de Aids no país norte-americano.

Na década de 1980, Loretta lançou o livro “The Pill, John Rock and the Church: The Biography of a Revolution” (“A pílula, John Rock e a Igreja: A Biografia de uma Revolução”, em tradução livre), sobre a pílula anticoncepcional. Já em julho de 1992, Loretta se torna a segunda mulher a se tornar editora da página editoral do Boston Globe, se aposentando apenas em 1993 da posição – quando atinge a idade de aposentadoria forçada. Após deixar o jornal, Loretta atuou na Faculdade Radcliffe – Instituto de Políticas Públicas e o Instituto de Harvard sobre a Aids.

Interpretada por Carrie Coon em O Estrangulador de Boston, Jean Cole atuou como repórter investigativa no Record American durante muitos anos. Entre seus principais trabalhos, escreveu sobre a “Zona de Combate”, vizinhança em Boston conhecida por altos índices de criminalidade, além de trabalhar ao lado do irmão durante a nevasca em 1978. Ela se aposentou em 1981 e faleceu em 2015, aos 89 anos.

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