Críticas | Renfield – Dando o Sangue pelo Chefe

“Renfield – Dando o Sangue pelo Chefe” estreia em 27 de abril nos cinemas brasileiros.

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Nicolas Cage interpreta Drácula no filme. (Foto: Reprodução)

O imaginário envolvendo o Conde Drácula vai além do criado por Bram Stroker em seu romance de 1897. Através de outros nomes, como Nosferatu ou Vlad, Príncipe da Valáquia, o personagem é sempre lembrado, assim como seu antagonista Van Helsing, enquanto outros personagens são colocados no escanteio das adaptações.

Com Nicolas Cage interpretado Drácula (em uma interpretação fascinante e abraçando a vilania de maneira cativante), Renfield – Dando Sangue pelo Chefe mostra o familiar e serviçal do vampiro como protagonista da sua própria história. Nicholas Hoult, que abraça novamente um papel cômico e de morto-vivo, interpreta o protagonista, o advogado que, na esperança de adquirir um pedaço de terra, acaba acertando um acordo com o vampiro e se torna seu servo.

O enredo é ambientado em Nova Orleans na atualidade, com Renfield descobrindo seu relacionamento tóxico e co-dependente com seu chefe e, ao buscar novas vítimas para que Drácula possa recuperar seu poder, acaba se envolvendo em uma briga entre criminosos locais. Nesse momento conhecemos Teddy Lobo (Ben Schwartz), o herdeiro da família mais temida da cidade, e Rebecca Quincy (Awkwafina), filha de um policial celebrado que está infeliz ao ser designada a realizar blitz de trânsito, e que deseja prender aqueles responsáveis pela morte do pai.

Com duração de 93 minutos (algo raro dentro de Hollywood atualmente), Renfield – Dando Sangue pelo Chefe possui um roteiro enfraquecido, com as atuações sendo destaque por saberem onde explorar seus personagens. As cenas de lutas são essenciais para mover o enredo e mostrar uma quantidade absurda de sangue, tripas e outros momentos grotescos. Enquanto piadas acabam não atraindo o efeito desejado e saindo do absurdo cômico para o apenas esquecível em diferentes momentos.

Porém, é importante notar algumas coisas extremamente inteligentes. A maquiagem de recuperação de Drácula é belíssima, indo de puro efeito para algo com detalhes que mostrem a progressão de sua vitalidade. Um design de produção também certeiro ao criar o novo covil do Conde e até mesmo dos Lobos, onde percebemos aos poucos as minúcias de seus antagonismos.

No fim, Renfield – Dando o Sangue pelo Chefe pode ser apenas mais um filme sobre a vilania de Drácula, sobre acerto de contas que deseja ser excêntrico e exagerado, mas não atinge os objetivos tão sabiamente. Irá entreter, talvez até instigar sobre o universo de monstros e assistentes da cultura popular, mas não atinge seu potencial com atores fantásticos e dinâmicas constrangedoras em alguns momentos.

Renfield – Dando o Sangue pelo Chefe estreia em 27 de abril nos cinemas brasileiros.

Nota:

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