Críticas | O Exorcista do Papa

“O Exorcista do Papa” estreia hoje, 6 de abril, nos cinemas brasileiros.

Russell Crowe vai vestir a batina e lutar contra um mal nunca antes visto. (Foto: Reprodução)

Se entregar totalmente a uma crença não é uma tarefa simples, ainda mais quando isso envolve lutar contra demônios que ameaçam sua vida e a daqueles que estão ao seu redor. Em O Exorcista do Papa, a fé dos personagens é a chave para combater o mal que os assola.

Inspirado em relatos reais dos livros “Um Exorcista Conta-nos” e “Novos Relatos de Um Exorcista”, o terror segue a história do Padre Italiano Gabriele Amorth, Exorcista Chefe do Vaticano, enquanto investiga a aterrorizante possessão do jovem Henry, um dos casos mais intrigantes de sua carreira. Ao mesmo tempo que tenta amparar a família do garoto, que acabou de se mudar para a Europa, Amorth precisa lidar com seu passado sombrio e descobrir a verdade por trás de um segredo enterrado há séculos pela Igreja Católica, que trará à luz uma conspiração muito maior do que ele poderia imaginar.

O clérigo, interpretado por Russell Crowe, é o que praticamente sustenta o enredo. Conhecido por seus trabalhos excepcionais, como no famoso Gladiador, que lhe rendeu o Oscar de melhor ator em 2001, ele interpreta o personagem com maestria. Servindo alívio cômico e deboche frente à todos os problemas que precisa resolver, Crowe prova, mais uma vez, sua capacidade de mergulhar na personalidade do personagem e entregar uma atuação satisfatória.

“O que me interessou no filme é o fato de que é um trabalho real e esse homem em particular não apenas o fez por tanto tempo, mas também documentou as coisas que experimentou em vários livros”, comenta Russell Crowe. “Eu gosto de interpretar pessoas reais. Há uma responsabilidade extra quando você está interpretando alguém real, para tentar transmitir a essência dessa pessoa”, reflete o ator.

A atuação de Henry, interpretada pelo ator mirim Peter DeSouza-Feighoney, que contracena com Crowe em cenas cruciais para o desenvolvimento da história, também entregou um bom resultado. O trabalho de maquiagem, juntamente com a dublagem da voz alterada após ser possuído, feita pelo ator Ralph Ineson, são convincentes, mesmo estando bem longe de superar o clássico e polêmico O Exorcista de 1973.

Por mais que a trama não encerre como uma das mais chamativas do gênero, ela deixa, mesmo que de forma implícita, um gancho para futuras sequências, quem sabe com outros casos chocantes realizados por Amorth.

O filme é dirigido por Julius Avery e produzido por Doug Belgrad, Michael Patrick Kaczmarek e Jeff Katz.

O Exorcista do Papa estreia hoje, 6 de abril, nos cinemas brasileiros.

Nota:


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