Críticas | Desejo Proibido

“Desejo Proibido” estreia em 6 de abril nos cinemas brasileiros.

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Simone Susinna e Magdalena Boczarska são os protagonistas do filme. (Foto: Reprodução)

O conteúdo erótico está presente de diferentes maneiras na vida comum. Desde o lançamento de 50 Tons de Cinza, estúdios conseguiram achar no público feminino um espaço fiel para mostrar narrativa sem grandes enredos, mas que prometem não escrachar do que a audiência deseja assistir. A Netflix, por exemplo, trouxe a franquia 365 Dias e, mais recentemente, Através da Minha Janela para seu catálogo, e reitera que o gênero pode ser apenas algo a ser consumido, frivolamente.

Entretanto, existem limites sobre o que o gênero pode trazer ao seu público. Longe da necessidade de reinventar narrativas, o gênero às vezes se perde quando apenas deseja ser um pornô glamourizado. É o caso de Desejo Proibido (Heaven in Hell, no título em inglês), novo filme dirigido por Tomasz Mandes, que esquece que, mesmo com cenas de conteúdo sexual, é necessária uma exploração prévia que determine o mínimo entre suas interações.

O longa-metragem é centrado em Olga (Magdalena Boczarska) e Maks (Simone Susinna), que possuem 15 anos de diferença e entram em um relacionamento passional, carnal, mesmo com suas diferenças. Ela é uma juíza de respeito que, sem saber, julgará o caso envolvendo o rapaz. Além disso, Maks estava em uma espécie de relacionamento com Maya (Katarzyna Sawczuk), filha de Olga.

Mesmo com os cenários belíssimos da Polônia, não há nada que salve dentro do enredo de Desejo Proibido. Em seus 120 (excruciantes) minutos, o filme não busca resoluções competentes das problemáticas de seus personagens, explorando porcamente qualquer relacionamento abordado.

Aceito que talvez seja demais desejar algo minimamente decente, que traga alguma sustância em seu enredo para haver uma conexão, envolvimento com suas personagens. Mas Desejo Proibido consegue ser algo insultante para o gênero do erótico, do female gaze, mostrando que sua intenção não é elevar nenhum destes tópicos – apenas ser desconcertante o suficiente para ser discutido em rodas de conversa (e acabar ridicularizando ainda mais o gênero para os chamados elevados culturais).

Desejo Proibido estreia em 6 de abril nos cinemas brasileiros.

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