Críticas | Shazam! Fúria dos Deuses
“Shazam! Fúria dos Deuses” estreia nesta quinta-feira, 16 de março, nos cinemas brasileiros.
É inegável que o gênero de heróis está saturado. Seja nos cinemas ou na televisão, estamos rodeados de produções envolvendo as páginas dos quadrinhos, com constantes oscilações em seus resultados para o público. E, talvez, o grande trunfo de algumas produções seja a falta de expectativa para surpreender com algumas situações.
Após o sucesso de Shazam! em 2019, em um momento diferente do estúdio, a DC volta a investir no personagem em Shazam! Fúria dos Deuses. Agora, Billy Batson (vivido por Asher Angel e por Zachary Levi) está sofrendo com síndrome do impostor ao tentar encontrar seu espaço no meio da família e como herói. Prestes a completar 18 anos, o jovem ainda precisa lidar com seus abandonos e o que será dele após sair do sistema.
Quando as Filhas de Atlas (Helen Mirren, Lucy Liu e Rachel Zegler) conseguem colocar as mãos no cajado do Mago, elas buscam reestabelecer o legado do mundo dos deuses – mas brigam para saber qual será o destino dos humanos.
Novamente sobre família, Shazam! Fúria dos Deuses explora um lado sensível de Batson (e talvez devesse até mergulhar mais sobre os traumas do personagem). Entretanto, com o lado cômico apurado, o longa-metragem fica mais na superfície para em um futuro conversar mais sobre esses problemas. A ligação entre Batson e todos os membros de sua família são o grande destaque, assim como o relacionamento entre Calipso, Héspera e Anthea.
David F. Sandberg consegue trazer um dinamismo para as cenas com sua direção, com o filme fazendo uma ótima seleção para os momentos heroicos e mostram como cada versão da família se apresenta para os cidadãos da Filadélfia. As interações entre Billy e cada um de seus familiares cresce, com momentos para cada um mostrar sua força e objetivos pessoais. Obviamente não fugimos de momentos mais emocionais, com situações de sacrifício em diferentes frentes, sem esquecer a essência do que estabeleceu em 2019.
O roteiro de Henry Gayden e Chris Morgan sabe brincar com easter-eggs para além de name drops. E, para os mais aficionados pelas notícias do mundo cinematográfico, também não faltam interações e detalhes a serem descobertos. O colorismo do longa-metragem também sabe brincar, seja nos cenários ou nos figurinos, ao longo dos 130 minutos, trazendo referências para a construção narrativa.
Ainda em limbo sobre o que será desses personagens com James Gunn e Peter Safran, presenciamos em cena algo com o mínimo de carisma para ser abraçado pelo público, mostrando que não é necessário grandes malabarismos para ser aceito por uma audiência cada vez mais exigente.
Shazam! Fúria dos Deuses estreia amanhã, 16 de março, nos cinemas brasileiros.