Críticas | Daisy Jones and the Six

“Daisy Jones and the Six” estreia na sexta-feira, 3 de março, pelo Prime Video.

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Minissérie é inspirada em livro homônimo de Taylor Jenkins Reid. (Foto: Reprodução)

Desde que li Daisy Jones and the Six, em abril de 2021, soube que estaria completamente obcecada com uma banda fictícia inspirada no som de Fleetwood Mac. Taylor Jenkins Reid conseguiu, através de uma narrativa envolvente, criar personagens imperfeitos cujas personalidades similares – e a busca por redenções – são quase constantes em seues enredos.

Em desenvolvimento desde 2019, a adaptação de Daisy Jones and the Six chega com uma força estrondosa. Seja um enredo capaz de roubar o fôlego, que ressoa com fãs da obra de Reid ou que chegam devido ao buzz envolvendo a produção, atores carismáticos e confortáveis em seus papéis, ou a trilha sonora, a minissérie consegue incitar sentimentos conturbados, conflitantes, que se apoiam na base de fãs do livro.

Riley Keough, Sam Claflin e Camila Morrone são forças poderosas como os protagonistas dessa narrativa. Keough, neta de Elvis Presley e filha de Lisa Marie Presley (falecida em janeiro desse ano), mostra cada vez mais seu talento com uma Daisy Jones tão cativante quanto a presente nas páginas, com Morrone sendo encantadora como Camila para além de uma mulher-troféu. Claflin (conhecido por diferentes papéis apresentados primeiro em livros) traz as emoções corretas ao interpretar um Billy Dunne muitas vezes destroçado por dentro devido más escolhas.

O elenco de apoio também se destaque. Suki Waterhouse e Nabiyah Be são as personificações perfeitas de Karen e Simone, respectivamente. Will Harrison mostra toda a preciosidade de Graham Dunne, enquanto Sebastian Cachon é um Warren Rojas jamais imaginado (e talvez a única vítima de toda a história). Josh Whitehouse interpreta Eddie como enxerguei no livro, exagerando até para realmente buscar a personalidade do personagem.

Uma trilha sonora com músicas originas baseadas também em letras escritas por Reid, e uma verdadeira exploração da década de 1970, sabem conduzir também o enredo pautado por como suas personagens possuem falhas, medos e como o sucesso é uma forma tão repentina. “Look At Us Now (Honeycomb)” e “Regret Me” são apenas um gostinho de um álbum a ser lançado junto com a produção, e algo que reflete seus compositores fictícios brilhantemente.

No fim, Daisy Jones and the Six explora relacionamentos, vícios, medos, encontros de almas e timing problemático. É inexplicável a explosão que cresce a cada episódio, com momentos que rementem a obra de Reid, mas que ganha novos contornos para a televisão, com espaço para diálogos idênticos às páginas e também momentos que ganham dimensões maiores para expandir o público. Ministrado em doses semanais, a minissérie sabe de seu hype e como será projetado aos fãs – incluindo aqueles que vão chegar.

Daisy Jones and the Six estreia em 3 de março pelo Prime Video, com o lançamento de três episódios. A plataforma de streaming lançará episódios semanais até 24 de março.

Nota:

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