Críticas | Carnival Row – 2ª Temporada

Com dois episódios semanais, a segunda temporada de “Carnival Row” estreou em 17 de fevereiro pelo Prime Video.

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Orlando Bloom e Cara Delavingne são os protagonistas da série. (Foto: Prime Video/Divulgação)

A utilização do mundo fantástico para criar diálogos sobre a realidade é um dos artifícios mais procurados dentro de páginas e telas. Seja, por exemplo, os X-Men, na Marvel, para falar sobre preconceitos, ou qualquer outro tópico, os atuantes do audiovisual e dos livros tentam constantemente mostrar, via analogias, o quão idiota o ser humano pode ser para conquistar poder.

Em sua segunda – e última – temporada, Carnival Row se projeta para aprofundar uma conversa sobre racismo e outros preconceitos. A revolução das faes é apenas o início do que os capítulos desejam mostrar e, aos poucos, busca trazer outros seres fantásticos para o lado que irá guerrear com Brugue. Porém, todos os enredos construídos acabam apenas no quase – e apenas decepciona.

Os roteiros chegam a ser previsíveis em alguns pontos, e os mais de 50 minutos por episódio também não ajuda a trazer dinâmica e muito menos um grande apelo emocional para os personagens. É apenas frustrante, cansativo, com diálogos quase repetitivos em alguns episódios. Talvez, caso fosse apenas oito capítulos como a primeira temporada, haveria menos espaço para preencher e realmente mover a história – algo que só começa a acontecer por volta do sexto episódio.

Mesmo assim, é louvável a tentativa dos atores de construírem uma narrativa que ecoe com a audiência. Orlando Bloom tenta ressaltar as lutas internar de Philo em quase todos os episódios, enquanto Karla Crome é destaque por uma Tourmaline fragilizada. Cara Delevingne não entrega uma Vignette que o público possa gostar nessa segunda temporada – um problema gritante dentro da construção da personagem, que chega a irritar bem mais do que inspirar a revolução.

Os cenários inspirados na Era Vitoriana, assim como os figurinos, continuam impressionantes – quando não utilizam o chroma-key em excesso e apreciam a estética da época em que é inspirada. São detalhes que elevam o charme possível de ser atingindo dentro da narrativa.

No fim, a segunda temporada de Carnival Row é apenas uma fraca tentativa de elevar a conversa sobre os males do mundo através de analogias com figuras fantásticas. Sem grandes inspirações, a produção deseja ser grandiosa demais com enredos que se atropelam para fazerem sentindo.

A segunda temporada de Carnival Row estreou na última sexta-feira, 17 de fevereiro, pelo Prime Video. A plataforma de streaming irá liberar dois episódios por semana.

Nota:


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