Críticas | Batem à Porta

“Batem à Porta” estreia nesta quinta-feira, 2 de fevereiro, nos cinemas brasileiros.

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“Batem à Porta” é dirigido por M. Night Shyamalan. (Foto: Reprodução)

O possível apocalipse alimenta o imaginário dentro do audiovisual desde 1916, quando o filme dinamarquês The End of the World foi lançado. Nos últimos anos, com teorias conspiratórias sobre o possível fim da Terra e do universo como conhecemos, intensificaram as obras sobre o assunto, as possíveis soluções e o que levaria ao triste ocorrido.

Baseado no livro escrito por Paul G. Tremblay, e lançado em 2018 nos Estados Unidos, Batem à Porta (Knock at the Cabin, no título original) é o novo longa-metragem com roteiro e direção de M. Night Shyamalan, responsável por O Sexto Sentido (1999), Fragmentado (2019) e, mais recentemente, produtor executivo da série Servant, do Apple TV+. Um thriller psicológico que explora decisões humanas, o filme também reconhece coincidências dentro de uma narrativa.

Com Dave Bautista, Rupert Grint, Jonathan Groff, Ben Aldridge e Nikki Amuka-Bird no elenco, Batem à Porta é centrado em um casal homoafetivo e sua filha que, durante férias em uma cabana, são feitos de refém por quatro estranhos que afirmam que apenas eles são capazes de evitar o fim do mundo – se decidirem quem deverá ser sacrificado.

A inserção de trechos do relacionamento entre Eric (Groff)e Andrew (Aldridge) ajuda a compreender o porquê deles serem os “escolhidos”. Nas crenças ou ceticismo, podemos perceber o quanto se complementam e vão, aos poucos, compreendendo seus papéis dentro de uma loucura. Também é perceptível, durante os 100 minutos de longa-metragem, a razão do quarteto, que recebeu as instruções através de visões e sonhos, serem necessários para o cumprimento da “missão”.

Shyamalan utilizada enquadramentos fechados e centralizados em momentos certeiros, além de apreciar algumas técnicas fotográficas que diferenciem ao longo do enredo. O roteiro é ágil, impactante na medida certa, sem a necessidade de situações questionáveis. Em seu cenário restrito, o diretor embarca em um lugar diferente do acostumado pelo seu público para realmente ser completo em sua narrativa.

O ressurgimento de Shyamalan nos cinemas após alguns francos, Batem à Porta reinventa sobre histórias apocalípticas e o uso da fé durante este momento. Seus atores carismáticos, que atraem audiência, dão ao longa-metragem uma camada especial para a possibilidade de apresentar o gênero ou mergulhar novamente no universo da mente de Shyamalan. Talvez o final seja anticlimático ou apenas decepcionante para alguns, mas é criado gradualmente durante seus minutos – que abraça diretamente todo seu enredo.

Batem à Porta estreia amanhã, 2 de fevereiro, nos cinemas brasileiros.

Nota:


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