Críticas | Os Fabelmans

“Os Fabelmans” estreia em 12 de janeiro nos cinemas brasileiros.

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“Os Fabelmans” é dirigido por Steven Spielberg. (Foto: Reprodução)

Homenagens à Hollywood se tornaram comuns nos últimos anos. Seja à Era de Ouro, à transição do cinema mudo para o faldo, ou momentos pertinentes dentro da história centenária, diretores e roteirista estão, cada vez mais, mostrando seu amor pela indústria em projetos que abracem tanto suas trajetórias profissionais quanto o principal centro audiovisual do mundo.

Os Fabelmans, novo trabalho de Steven Spielberg, é mais um desses projetos e, como Belfast (2021), de Kenneth Branagh, é um um trabalho semi-biográfico que mostra o poder do cinema, das válvulas de escape em momentos difíceis. Talvez seu trabalho mais intimista, o filme é uma grande homenagem a seus pais (falecidos em 2017 e 2020) e ao cinema.

Em uma jornada de descobertas e passagens pessoais, o filme é uma obra que transmite plenitude, contemplando momentos que abraçam a vida do diretor e o fizeram dar os primeiros passos nos estúdios hollywoodianos. Seja com seu primeiro curta-metragem para ganhar insígnia dos Escoteiros ou como captura a verdadeira face de sua mãe, o longa-metragem explora como situações moldam o jovem (e fictício) Sam Fabelman a perseguir o sonho de trabalhar na indústria.

Michelle Williams é uma força dentro da narrativa. Mitzie é uma personagem complexa e, muitas vezes, seus olhares são suficientes para falar com a audiência. Paul Dano interpreta Burt Fabelman, um homem genial, amoroso, carinhoso, transmitindo tudo isso em poucas palavras. Gabriel LaBelle possui densidade como Sammy, com um talento gritante para contracenar com dois majestosos da indústria cinematográfica recente.

Spielberg e Tony Kushner trouxeram um roteiro que sabe mesclar o drama e a comédia, com timings excelentes para quebrar tensões em cena. Com pouco mais de 150 minutos, Os Fabelmans é uma história que não possuem grandes acontecimentos, onde as ações são mínimas e coadjuvantes para a narrativa simples de coming-of-age. John Williams entrega, novamente, uma trilha sonora belíssima e envolvente.

Em suma, Os Fabelmans é um filme que acolhe, abraça a alma. É uma obr que transmite seu esplendor através de poucas plavaras, mas momentos que conversam, de alguma forma, com os amantes da sétima arte, sem ser presunçoso, com uma meticulisdade admirável e uma sinergia de seus ávidos seguidores.

Os Fabelmans estreia em 12 de janeiro nos cinemas brasileiros.

Nota:
 


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