Críticas | M3GAN

“M3GAN” estreia em 19 de janeiro nos cinemas brasileiros.

O gênero do suspense está em uma ascensão nos últimos anos. Com a popularização de produtoras como a Blumhouse e A24, e diretores como James Wan inovando o gênero, longas-metragens de suspense e terror se tornaram esmagadores de bilheterias e fazedores de memes.

A nova aposta é M3GAN, filme dirigido por Gerard Johnstone e que logo no primeiro trailer conquistou os entusiastas do gênero por suas danças prontas e temática conhecida. Allison Williams (Corra; Girls) interpreta Gemma, responsável pela idealização de novos brinquedos animatrônicos em um grande empresa e que se torna a guardiã da sobrinha após a morte repentina dos pais da garota em um acidente de carro. Para ajudar no processo de luto da menina – e também mostrar uma nova invenção ao chefe -, ela desenvolve a boneca-título, que atua não somente como amiga, mas também um apoio emocional. O que não esperar, porém, é a boneca com inteligência artificial se voltar contra os humanos para assegurar uma proteção à pequena Cady (Violet McGraw).

Em quase 110 minutos, o longa-metragem consegue misturar o suspense e a comédia muito bem. Logo no início, com um comercial bizarro (que sabemos que poderia ser facilmente realizado nos EUA), percebemos que o filme sabe onde apostar para conquistar um público que não deseja mais apenas jump scares e violência. Além disso, a trilha sonora sabe trabalhar a tensão para acompanharmos os ataques da boneca.

No fim, M3GAN é um ato que une o suspense, a comédia e a instantaneidade da internet de maneira semi-inovadora, com a possibilidade de expansão e fabricação de um novo universo sobre o uso de tecnologias. Um acerto dentro do gênero que sofre com ideias demais e uso de artifícios baratos para conseguir a atenção do público, o filme se destaca por saber seu papel dentro das próximas narrativas e do uso universal sobre o processo de luto – mesmo que leve dias e situações alarmantes para perceber que a comunicação é essencial.

M3GAN estreia em 19 de janeiro nos cinemas brasileiros.