Críticas | The Crown – 5ª Temporada

Quinta temporada de “The Crown” estreou em 9 de novembro pela Netflix.

“The Crown” é uma criação de Peter Morgan. (Foto: Reprodução)

Quando The Crown começou a ser exibida pela Netflix em 2016, fomos apresentados aos recortes da história da monarquia britânica a partir do casamento de Rainha Elizabeth II (1926-2022) com o Príncipe Phillip (1921-2021) e sua ascensão ao trono, revelando detalhes internos dos residentes do Palácio de Buckingham que não eram possíveis saber até pouco tempo.

Agora, em sua quinta temporada, a série criada por Peter Morgan mergulha em um dos momentos mais profiláticos da Família Real Britânica, com divórcios, escândalos, saídas de territórios e questionamentos sobre a necessidade da realeza no Reino Unido. Nos novos 10 episódios, The Crown consegue mostrar, ainda mais, a fragilidade de egos dentro dos Windors e, também, o processo de momentos que trouxeram à tona os grandes escândalos da família.

Imelda Staunton (Harry Potter) assume o papel de Elizabeth II após a interpretação de Oliva Colman nas duas temporadas anteriores. Além do peso da coroa britânica, a monarca britânica precisou lidar com a descoberta do massacre dos Romanov, os últimos Czares da Rússia (em uma tentativa de reestabelecer conexão com o marido), o incêndio que destruiu mais de 100 cômodos do Castelo de Winsdor, e os divórcios dos filhos, incluindo entre Charles (Dominic West) e Diana (Elizabeth Debicki), cujo casamento sempre fora explosivo e midiático.

As atuações continuam brilhantes, transitando perfeitamente entre os antigos atores e os novos. Com o advento da internet e a televisão se tornando um item quase essencial na vida das pessoas, percebemos que as personas são quase fragmentos em suas aparições – algo que só foi possível afirmar anos após o falecimento de Diana, em agosto de 1997. E, mesmo em 2022 e após entrevistas bombásticas que responderam perguntas do público, percebemos um escudo projetado para esconder as verdadeiras faces daqueles que regem à família – e que nunca foram populares aos olhos dos cidadãos.

Os críticos – principalmente ingleses e fieis à monarquia -, comentaram sobre um desrespeito aos Windors, sobretudo após o falecimento de Elizabeth II em setembro deste ano. Entretanto, fica evidente que, nesta temporada de The Crown, só amplia as noções já estabelecidas pela audiência, desde como o Príncipe Andrew (que perdeu seu título honorífico e acusado de violentar uma garota em 2001 que, na época, tinha apenas 17 anos) nunca foi alguém a ser respeitado, ou o quanto o agora Rei Charles III destetava estar casado com Diana e nunca respeitou seus votos. O fato de críticos odiarem a temporada mostra, a meu ver, que não desejam remoer feriadas que causaram o afastamento com a família real do resto do mundo. Mais ainda, os capítulos apenas escancaram algo já visto por boa parte da mídia.

Com apenas mais uma temporada, The Crown deverá se mostrar potente para encerrar parcialmente a história de Elizabeth II, com um espaço a ser explorado de menos de 30 anos e que, possivelmente, abale mais as estruturas de Buckingham. Os 10 últimos capítulos vão entrar em momentos decisivos para os descendentes de Elizabeth, atravessando a virada do milênio e uma enxurrada de problemas que seguem a coroa.

A quinta temporada de The Crown estreou em 9 de novembro pela Netflix.

Nota:


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