Críticas | Morte, Morte, Morte
“Morte, Morte, Morte” estreia em 6 de outubro nos cinemas brasileiros.
Brincadeiras infantis que acabam em sequências psicológicas – e alguns corpos sem vida são encontrados pelo caminho -, não são novidades no audiovisual. O uso dessas situações, principalmente em momentos óbvios de falta de energia, são fundamentais para aterrorizar e criar intrigas entre o grupo protagonista, com final girls ganhando destaque na narrativa.
Morte, Morte, Morte (Bodies, Bodies, Bodies, no título original) pega a premissa simples de uma brincadeira infantil transformada para jovens adultos. Presos em uma mansão devido a um furacão, um grupo de amigos utiliza o tempo para brincar de algo simples: recortam-se papéis, com um deles contendo um “x” para saber quem é o assassino. Ao apagar das luzes, as pessoas se espalham pela casa para não serem pegos. Quando um dos inocentes encontra uma vítima, “morte, morte, morte” é gritado para que tentem descobrir quem é o assassino.
Maria Bakalova e Amandla Stenberg lideram o elenco como o casal Bee e Sophie, a última recém-saída da reabilitação e reencontrando, pela primeira vez, o grupo de amigos ricos. O casal perdura ao longo dos 95 minutos, mesmo com momentos caóticos e que mostrem que, talvez, não estejam prontas para algum relacionamento. Pete Davidson interpreta uma versão exagerada de si mesmo, enquanto Rachel Sennott, Chase Sui Wonder, Lee Pace e Myha’la Herrold fazem parte do elenco de apoio e são essenciais para complementarem a insanidade da narrativa.
Dirigido por Halina Reijn, Morte, Morte, Morte transita entre o cômico e o terror psicológico para criar todas as atmosferas do enredo. Mesmo com a duração considerada curta para atuais padrões hollywoodianos, o filme possui informações demasiadas e demora a engajar realmente o público, mesmo com um discurso que transmite mensagem sobre hipocrisia, elitismo, racismo velado e a toxicidade entre os integrantes do grupo de amigos.
Talvez o grande triunfo de Morte, Morte, Morte seja a química entre Stenberg e Bakalova, além de mostrar a idiotice do grupo em diferentes momentos para mostrar uma geração fanática por alguns aspectos da vida. Longe de ser um grande acerto da A24, produtora responsável por Tudo em Todo o Lugar Ao Mesmo Tempo (2022) e o aclamado Midsommar (2019), por exemplo, o filme se torna divertido e interessante por seu elenco e uma narrativa que desperta, pelo menos, alguma coisa em seu espectador.
Morte, Morte, Morte estreia em 6 de outubro nos cinemas brasileiros.
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