Críticas | Caça Implacável
“Caça Implacável” estreia em 13 de outubro nos cinemas brasileiros.
No fim da primeira década dos anos 2000, Liam Neeson marcou o gênero de filmes de “correndo contra o tempo“. Se Velocidade Máxima (1994), o ônibus era sequestrado e Keanu Reeves e Sandra Bullock precisavam salvar os passageiros, Neeson se tornou o pai em busca da filha em Busca Impacável (que ganhou sequências em 2012 e 2014, além de série de TV em 2017.
O gênero, porém, não é incomum no cinema. A necessidade de ter pessoas comuns como heróis da história e, principalmente, mostrar até onde pessoas vão para proteger e quebrar leis para encontrar a pessoa que procura, são essenciais para questionar algumas ações e como os responsáveis pela ordem, nem sempre ajudam na hora do desespero – e quando há forças maiores que impedem que haja uma atuação total nos casos.
Caça Implacável (Last Seen Alive, no título original), dirigido por Brian Goodman, conta a história de Will (Gerard Butler) e Lisa (Jaimie Alexander), um casal que está passando por uma turbulência no relacionamento e decide passar um tempo afastados, com Lisa retornando para casa dos pais por um período indeterminado. Entretanto, prestes a chegarem na casa de infância de Lisa, eles precisam abastecer o carro e, em um momento de distração, Will percebe que Lisa desapareceu – e começa a buscar por ela, reportando o caso para a polícia e tentando resolver o caso da sua própria maneira.
Em seus 95 minutos, o filme conhece sua estrutura narrativa, com momentos intercalados entre a forma de Will de resolver o problema (ir atrás do suspeito, encontrar um esconderijo perdido no meio da floresta que cerca a cidade) e o Detetive Patterson (Russell Hornsby) que faz o mesmo percurso que o protagonista, mas conforme as diretrizes da polícia – incluindo conversar com Will sobre o casamento, familiares e razões pelo retorno à cidade.
A narrativa acontece em oito horas, concentrando em algo rápido e, por ser ambientada em uma cidade pequena, que se torna compreensível a agilidade de locomobilidade. Como diferentes outros longas-metragens do gênero, é preciso esquecer algumas alegorias criadas para que o enredo aconteça (munição inacabável, por exemplo), mas nada deixa de entregar o entretenimento, a tensão que o filme deseja criar e a eterna possibilidade de reunião entre Will e Lisa (mesmo que ambos sejam irritantes nas características apresentadas).
Mesmo sem ser uma grande experiência cinematográfica, que desafie o espectador e traga identificações com os personagens, Caça Implacável reconhece sua narrativa de ação e perseguição, com a facilidade de ter o carisma de Butler e Alexander entre seus destaques. O longa-metragem traz os elementos corretos para atrair o público, e fazer deles algo que cemente o gênero para a audiência cada vez mais seletiva.
Caça Implacável estreia em 13 de outubro nos cinemas brasileiros.
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