Críticas | A Escola do Bem e do Mal

“A Escola do Bem e do Mal” estreou hoje, 19 de outubro, pela Netflix.

Contos-de-Fadas existem há centenas de gerações com o intuito de serem condutores morais, ensinando crianças a serem boas com a promessa do “felizes para sempre“. Entretanto, é sempre necessário lembrar que humanos possuem nuances que constroem suas personalidades e que, na maioria das vezes, o “bom” e o “mal” se misturam.

A Escola do Bem e do Mal, novo filme original da Netflix e inspirado no primeiro livro de uma franquia escrita por Soman Chainani, deseja ser um novo capítulo dentro do gênero literário e centrar para além de grandes amores românticos. O longa-metragem é centrado nas amigas Agatha (Sofia Wylie) e Sophia (Sophia Anne Caruso) que vivem na pequena Gavaldon e acabam selecionadas a integrarem o corpo discente da instituição que dá título ao filme. Entretanto, elas garantem que suas matrículas como “Leitoras” foram trocadas.

Em quase 150 minutos de duração (com muitos desnecessários e que poderia simplificar a narrativa), o filme deseja ser um grande conto de coragem e o significado de “amor verdadeiro”. Além disso, envelhecer seus personagens – e transformar em adolescente mais velhos do que é assumido nos livros -, evita alguns problemas a serem levantados dentro do enredo prometido.

O elenco, com Kerry Washington, Charlize Theron, Laurence Fishburne e Kit Young (Sombra e Ossos), consegue ser eficiente em seus arcos correlacionados. O elenco mais jovem, com Wylie, Caruso, Jamie Flatters (Avatar: O Caminho da Água), Chinenye Ezedu (Sex Education), entre outros, conseguem seus destaques dentro da narrativa ao lado dos medalhões.

Bem longe de ser algo extraordinário, que excede os padrões hollywoodianos e que foge de enredos tradicionais para uma temática adolescente, A Escola do Bem e do Mal é uma boa alegoria para o que se propõe – e promete continuar a história dos livros em um futuro desejável.

A Escola do Bem e do Mal estreou hoje, 19 de outubro, pela Netflix.