Críticas | Uma Pitada de Sorte

“Uma Pitada de Sorte” estreia em 15 de setembro nos cinemas brasileiros.

Comédias brasileiras atraem o grande público por serem simples, geralmente cativantes por suas histórias que ressoam com a audiência de forma unânime. Uma Pitada de Sorte é isso: algo simples, encantador de diferentes maneiras e com uma narrativa que conversa com diversas pessoas.

Uma Pitada de Sorte conta a história de Pérola (Fabiana Karla), sous-chef de um restaurante badalado e ajudante da mãe na empresa de festas infantis da família. Quando é demitida do restaurante, tenta confrontar um chef celebridade e acaba recebendo uma proposta de se tornar assistente de palco em seu programa. A sua sorte parece mudar, mas precisa equilibrar as duas jornadas de trabalho, além de mentalizar o sonho de abrir o próprio restaurante.

Em seus pouco mais de 90 minutos de duração, o filme apenas deseja enaltecer Pérola e mostrar que, às vezes, o “não” é uma ótima resposta. É sobre se colocar em primeiro lugar, apostar em suas próprias vivências e verdades – e que seu sonho esteja apenas atravessando a rua.

A direção de Pedro Antônio é delicada, mostrando todos os ensinamentos de seu pai, Paulo Thiago (1945-2021), e aperfeiçoado seu estilo dentro da comédia nacional. E o fato de Gláucia Camargos ter desejado trabalhar com Fabiana e procurar roteiro que se moldasse à atriz, foi essencial para manter o filme em um ritmo que condiz com o humor praticado por Fabiana.

O filme, no fim, é apenas um pequeno retrato da sociedade, sem precisar de artifícios exagerados para trazer uma sensibilidade ou uma falsa conexão com o público. Uma Pitada de Sorte será lembrado por sua simplicidade, leveza e amor impresso em cada cena.

Uma Pitada de Sorte estreia em 15 de setembro nos cinemas brasileiros.