Críticas | Ingresso para o Paraíso
“Ingresso para o Paraíso” estreia em 7 de setembro nos cinemas brasileiros.
Comédias românticas, principalmente as produzidas durante a década de 1990, foram o meu primeiro amor dentro do cinema. Filmes como Ela é Demais (1999), O Casamento do Meu Melhor Amigo (1997) e Um Lugar Chamado Notting Hill (1999) marcaram uma geração que encontrou uma pontinha de otimismo dentro do gênero.
Ingresso Para o Paraíso possui duas forças dos cinemas: Julia Roberts (que, junto com Meg Ryan, talvez seja uma das atrizes mais icônicas do gênero) e George Clooney (eterno galã e com timing cômico extraordinário). Ambos trabalharam na franquia de Onze Homens e Um Segredo e a amizade entre eles é sempre evidente em tela.
Dirigido por Ol Parker, Ingresso Para o Paraíso conta a história de um casal divorciado há 20 anos que dão uma trégua nas constantes brigas para evitarem o casamento da filha recém-formada em direito e que está de férias em Bali, Indonésia – e que se apaixonou por um fazendeiro de algas e deseja se casar com ele apenas 60 dias após conhecê-lo.
Expressando sentimentos passados no relacionamento da filha (vivida por Kaitlyn Dever), o casal precisa compreender traumas passados e resolver o relacionamento atual entre eles. Enquanto Georgia (Roberts) está namorando um homem mais novo (Lucas Bravo), que lambe o chão que ela pisa, David (Clooney) ainda não superou a ex-esposa e apegado a memórias que, talvez, fossem necessárias serem esquecidas.
O filme não precisou reinventar o gênero para ser interessante. Além de cenários paradisíacos, Ingresso Para o Paraíso traz leveza para o público, com cenas engraçadas, diálogos dinâmicos e momentos que percebemos a amizade entre Clooney e Roberts transparece e mostra a cumplicidade entre os atores.
Para aqueles que busca, como eu, comédias românticas que conversem, de alguma forma, consigo, Ingresso Para o Paraíso pode realizar isso. São pessoas maduras, com paixão pelos trabalhos estabelecidas, e sem a necessidade de buscar aprovações externas daqueles que os formaram. O longa-metragem é mais sobre as próprias expectativas, o reconhecimento que a criação dos filhos não é somente para construírem carreiras em grandes corporações, mas, sim, em suas felicidades, em saber deixá-los compreender o que é encontrar a felicidade.
Ingresso para o Paraíso estreia em 7 de setembro nos cinemas brasileiros.