Críticas | Trem-Bala

“Trem-Bala” estreia em 4 de agosto nos cinemas brasileiros.

Estamos em um momento interessante em Hollywood em que o caótico, o psicodélico (ou apenas o exagero) se tornaram ferramentas para contar histórias que utilizam narrativas frescas e conceituais para aproximar o público geral aos acontecimentos nas telas. Trem-Bala, novo filme distribuído pela Sony Pictures, é um breve resumo dessa nova/velha vertente do cinema estadunidense.

Dirigido por David Fleitch (Deadpool 2), Trem-Bala peca por querer demais. Mesmo com um roteiro ágil, inteligente e conquistador por sua excentricidade, o filme se estende para além do necessário para se tornar algo épico, explosivo – e com um elenco (liderado por Brad Pitt) que abraça o caos dos acontecimentos de forma incontestável para atravessar décadas, desentendimentos e, principalmente, o conceito de sorte e azar. Cenas poderiam ser facilmente descartadas da edição final para continuar um embalo de confusão no trem em alta velocidade para manter o público ativo dentro da narrativa, porém, não desqualifica os feitos de um projeto com avidez.

A junção de Joey King, Aaron Taylor-Johnson, Brian Tyree Henry, Andrew Koji, Hiroyuki Sanada, Michael Shannon, Bad Bunny, Sandra Bullock, Zazie Beetz, Logan Lerman e Karen Fukuhara a Pitt é essencial para o sucesso da comédia de ação inspirada no livro de Kõtarõ Isaka. É bizarro o quanto todos funcionam em seus papéis interligados e que precisam das validações externas para terem o êxito necessário e cumprirem suas missões.

No fim, Trem-Bala deixou de lado a proposta para maiores de 18 anos, sem se esquecer da visceralidade e dos momentos em que o sangue jorra continuamente para lembrar que estamos assistindo assassinos de aluguel entre missões conectadas. Ele é ambicioso, sem esquecer de algo mais alegórico para conquistar uma gama maior da audiência (e está tudo bem em querer isso e saber que dá certo).

Trem-Bala estreia em 4 de agosto nos cinemas brasileiros.