Críticas | Papai é Pop
“Papai é Pop” estreia em 11 de agosto nos cinemas brasileiros.
Falar sobre paternidade em longas-metragens é difícil, principalmente em uma sociedade que carrega a falta de diálogo sobre o tema e, quando abertamente mostrado, é uma romantização sobre atos básicos da criação de filhos.
Em Papai é Pop, longa-metragem inspirado no livro homônimo de Marcos Piangers, é uma conversa aberta sobre inseguranças e estar presente nos momentos da criação dos filhos (muito além de apenas trocar algumas fraldas). O filme conta a história de Tom (Lázaro Ramos), casado com Elisa (Paolla Oliveira) e que passa por transformações ao longo dos mais de 100 minutos de longa-metragem. Com apoio da mãe Gladis (Elisa Lucinda), que o criou sozinha após o abandono parental ainda na primeira infância, Tom consegue compreender os estágios da escada da paternidade, percebendo que é preciso parar com discursos vitimistas sobre a pressão de ser pai e realmente ser pai.
Emoções não faltam no filme, com uma narrativa que evidencia o quanto ainda romatizamos ações básicas no ato de ser pai. O altruísmo da paternidade e maternidade é algo singular, e o diálogo de explorar o significado disso é mínimo, geralmente cabível à mulher e seus sacrifícios. Papai é Pop, mesmo que ainda um passo pequeno, projeta a conversa para uma audiência maior.
O filme é um dos projetos mais sinceros dos últimos anos. São detalhes dentro dos cenários, por exemplo, que enlaçam as narrativas de forma peculiar, quase lúdica em alguns momentos. Caito Ortiz, diretor e um dos roteiristas do longa-metragem, é preciso em sua narrativa que precisa mostrar uma história e não somente relatos da paternidade.
Papai é Pop estreia em 11 de agosto nos cinemas brasileiros.
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